Aluna foi morta em laboratório da UnB após ser dopada com clorofórmio
A estudante de biologia da Universidade de Brasília (UnB) Louise Ribeiro foi assassinada por outro estudante da instituição após ser dopada com clorofórmio, informou a Polícia Militar do Distrito Federal. A morte foi por asfixia e ocorreu dentro do laboratório do curso por volta das 22h desta quinta-feira (10).
Nesta sexta de manhã, a PM prendeu o estudante Vinícius Neres, de 19 anos, pelo crime. De acordo com a polícia,ele confessou ter matado a garota, que tinha 20 anos. O motivo do homicídio teria sido a recusa da menina em ter um relacionamento com ele.
Na delegacia, a mãe do suspeito afirmou que agressor e vítima chegaram a namorar, mas que o rapaz já estava em outro relacionamento. “Meu filho nunca faria isso. Ele estava em casa à noite. Ele não é assassino”, disse a mãe do suspeito, que pediu para não ter o nome divulgado.
O capitão da PM Jorge da Silva disse que Neres aparentava ter algum distúrbio psicológico. “O fato de ele ter muita calma e tranquilidade e por várias vezes estar sorrindo durante a confissão demonstra um comportamento de sociopatia e covardia.”
O corpo da menina foi encontrado em uma área de cerrado no Setor de Clubes Norte, próximo à UnB, após indicação do local por Neres. O carro dela foi achado abandonado no estacionamento da universidade. Amigos da menina avisaram a polícia e disseram que Neres podia ter envolvimento com o crime, devido à suposta fixação que o estudante tinha por Louise.
O capitão Silva ligou para o estudante, que chegava à UnB, e marcou um encontro com ele. Após ser questionado pela polícia se havia tido contato com a menina, ele acabou confessando o crime.
O estudante disse que enrolou o corpo de Louise em um colchão inflável e o transportou no carro dela até o local onde ela foi encontrada. Neres ateou fogo ao rosto e à genitália da vítima. Segundo a polícia, as queimaduras na genitália indicam a possibilidade de o suspeito ter violentado a estudante.
De acordo com a polícia, o estudante alegou que tinha a intenção de se matar após cometer o crime, mas desistiu do suicídio. Alguns amigos do suspeito e da vítima relataram que Neres possuía um “distúrbio psicológico” e já havia tentado suicídio três vezes, segundo a polícia.