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20 September 2024

Amputação de pênis no Brasil cresce 1.604% em 14 anos; câncer é maior causa

Ao menos 7.213 amputações de pênis foram registradas no Brasil nos últimos 14 anos. O número equivale a um aumento de 1.604% desses procedimentos. Os dados são são Ministério da Saúde e foram divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Foto: Canva/Reprodução |

Conforme o estudo, em média, foram realizadas 515 cirurgias por ano para remover o órgão genital masculino. A remoção tem como principal causa o câncer de pênis, que ocorre com maior incidência em homens com idade a partir dos 50, porém também pode acometer os mais jovens.

De acordo com o levantamento, o Sudeste é a região com maior número de amputações, com o total de 2.872 casos. O Nordeste aparece em segundo, com 2.104, Sul (1.134), Norte (631) e Centro-Oeste (472). Os estados com mais cirurgias do tipo foram São Paulo (1.227), Minas Gerais (1.067) e Paraná (582).

 

Incidência do câncer de pênis

O Sistema de Informações Hospitalares (SIH/Datasus) registrou 2.095 casos de câncer de pênis em 2020, ante 1.791 em 2021. Apesar da tendência de queda desde 2019, a SBU diz que a pandemia de Covid-19 impactou a procura por tratamento médico, comprometendo o diagnóstico da doença.

Ao longo dos quatro anos avaliados, a região com mais casos do câncer na genitália masculina foi o Sudeste (3.162 ocorrências), seguido por Nordeste (2.574), Sul (1.186), Centro-Oeste (658) e Norte (645).

Medidas de prevenção

Os homens devem observar eventuais alterações no órgão. José de Ribamar Rodrigues Calixto, supervisor da disciplina de Câncer de Pênis da SBU, cita como exemplo feridas que não cicatrizam, nódulos, secreções saindo do prepúcio, uma área vermelha endurecida, sangramentos vindo da glande e coceiras.

“A limpeza inadequada do pênis, provocada algumas vezes pela presença de fimose, e as infecções sexualmente transmissíveis estão entre as principais causas desse tipo de câncer”, afirma Alfredo Canalini, presidente da instituição.