Ana Rita Tavares busca responsáveis por fuga de animais na Barroquinha
A vereadora Ana Rita Tavares (PMB) repudiou a derrubada de um muro do terreno anexo ao prédio do 1º Grupamento de Bombeiros Militar da Bahia (1ºGBM), localizado no bairro da Barroquinha, onde viviam 11 cães. Com a extinção do muro, que impedia a fuga dos animais, eles agora estão na rua.
Segundo a vereadora, o 1ºGBM quer construir um estacionamento no local onde os animais viviam, “sem, todavia, se responsabilizar pela realocação dos cães para lugar seguro, onde eles possam viver, como, aliás, sempre viveram ali”.
A denúncia chegou ao conhecimento da vereadora, advogada e ativista pelos direitos dos animais, Ana Rita Tavares, que já havia comparecido ao quartel algumas vezes para checar a situação dos cães. Na manhã de terça-feira (11), ao passar pelo local, ela se deparou com cinco animais saindo do quartel. Visivelmente desnorteados, os cães permaneceram perambulando pelo entorno, subindo a Ladeira da Praça sem rumo.
Ana Rita tentou contato com o comandante e o subcomandante do grupamento, mas não conseguiu. Conversou com o major Nobre e o coronel Marchesini. “Eles ironizaram a minha ação e me recomendaram a levar os animais para a Câmara Municipal de Salvador, em flagrante desrespeito à iniciativa protetiva dos animais vulneráveis a atropelos e agressões, considerando-se que são animais que não estão acostumados com o movimento das ruas”, contou a vereadora.
“Reuniões foram realizadas anteriormente e os responsáveis pelo quartel sempre se mostraram contrários à permanência dos animais, mesmo após a vereadora se comprometer de providenciar a vacinação, castração (que foram feitas em alguns, inclusive fornecendo medicamentos para o pós-operatório) e vermifugação dos animais, além de assegurar parceria para a adoção deles via ONG Terra Verde Viva”, relata Carlos Ferrer, presidente da União de Entidades Protetoras de Animais da Bahia (Unimais), que também presenciou a saída dos cães do quartel.
Ana Rita acusa os oficiais de omissão do dever legal e improbidade administrativa. “Vamos formalizar a competente notícia crime por maus-tratos, baseada no artigo 32 da Lei 9.605/98, a Lei de Crimes Ambientais”, explicou a vereadora, que pretende ainda comunicar o fato à Unesco, à Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Animais da Câmara Federal, além de mover ação civil de reparação de danos morais coletivos, devido à repercussão causada.
De acordo com Ana Rita, ativistas estão à procura dos cães, na rota de fuga, no Centro Histórico de Salvador, para que possam ser recolhidos e levados à ONG Terra Verde Viva. Eles passarão por exames para posterior adoção responsável.