Antonio Fagundes sobre Regina Duarte: ‘Torço para que não saia queimada’
RIO – Antonio Fagundes conta que foi “uma choradeira só” nos últimos dias de gravação de “Bom sucesso”. Na novela, cujo derradeiro capítulo vai ao ar nesta sexta-feira (24), ele interpreta o editor de livros Alberto e contracena com Grazi Massafera, Armando Babaioff, Fabiula Nascimento, Rômulo Estrela, entre outros.
— Está todo mundo tristinho, sentindo falta dos personagens e das relações. A gente se gostou muito, acho que a novela passou esse nosso prazer para o público — diz.
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O folhetim deixa pelo menos um fruto. O podcast “Clube do Livro do Fagundes”, com ele dando suas dicas de leitura, que terá uma segunda temporada no Gshow.
Agora, o ator de 70 anos se concentra na peça “Baixa terapia”, em cartaz em São Paulo, e com estreia carioca marcada para o dia 1º de maio, no Teatro Clara Nunes.
Nesta entrevista, feita por telefone — o aparelho tocou exatamente na hora marcada por Fagundes, famoso pela pontualidade britânica —, ele fala sobre suas convicções ao fazer teatro sem incentivo fiscal e da provável ida de Regina Duarte, seu par romântico nas novelas “Vale tudo” (1989) e “Por amor” (1997), para a pasta da Cultura de Bolsonaro.
Qual é a importância de uma novela que tem a literatura como protagonista?
Deveria ser política de estado, né? Incentivar as pessoas a ler é tão importante para a formação de todos… Tão bonito conseguir essa função social com um trabalho feito inicialmente para divertir. Tive um prazer enorme quando uma mãe levou o filho à minha peça. Ele tinha comprado todos os livros que indiquei no podcast (“Clube do Livro do Fagundes”, do Gshow, criado na esteira do sucesso da novela e que, depois de 21 programas, ganhará nova temporada).