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24 November 2024

Apesar de não invasiva, técnica para eliminar gorduras locais pode apresentar riscos

Muitas pessoas recorrem a técnicas cirúrgicas para eliminar parte da gordura corporal. No entanto, quem tem medo de ser cortado por um bisturi tem opções menos invasivas para se livrar da gordura localizada. Apesar de riscos apresentados, a criolipólise pode ser uma delas. “É um congelamento das células de gordura. É colocada uma manta na pele para proteger, então o aparelho faz uma sucção. O local em que o procedimento é aplicado fica, por uma hora, com uma temperatura de -5º a -10º. A célula de gordura é muito sensível ao frio, então ela se cristaliza e, ao longo de cerca de dois meses, vai sendo eliminada aos poucos pelo sistema linfático”, explicou a dermatologista Andrea Botto. Em Salvador, muitas clínicas já aplicam a técnica. No entanto, apenas nos últimos dois anos a procura cresceu bastante, segundo a especialista. Andrea afirmou que, após a primeira sessão, já é possível identificar alguns resultados, mas são recomendadas de quatro a seis sessões para o sucesso do tratamento, a depender da quantidade de gordura. “Em uma sessão se perde, em média, 25% da gordura do local onde foi aplicado, mas isso não é igual para todo mundo”, disse. De acordo com a especialista, a origem da criolipólise remonta a observações de um médico sobre um fenômeno que acontecia com crianças que chupavam picolé: células de gordura, chamadas adipócitos, de suas bochechas se cristalizavam. A partir disso, o cientista estabeleceu os padrões a serem usados na aplicação. Apesar da aparente ausência de problemas, Andrea afirmou que a única vantagem real da técnica é o fato de não ser invasiva. Quanto à quantidade de gordura retirada, por exemplo, a lipoaspiração é mais indicada, já que a criolipólise retira apenas “gordurinhas localizadas”. Além disso, existem riscos ao paciente em casos de má aplicação do procedimento. “É esperado que a área fique vermelha, inchada, um pouco dolorida, com alguns hematomas, mas isso desaparece em poucos dias. Só que não é isso que tem acontecido em algumas clínicas despreparadas. Se aplicada de forma incorreta, a criolipólise oferece sérios riscos. A complicação mais frequente é a queimadura. É necessário observar muito a manta que fica entre a pele e o aparelho para evitar isso. É preciso ainda ficar atento ao aparelho, para saber se é regulamentado pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, alertou