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27 November 2024
Foto: Arquivo Click Notícias

Apoio a Neto divide PDT, mas Lupi afirma tendência

A eleição para prefeito de Salvador em 2016 tem causado uma divisão na executiva do PDT na capital baiana

A eleição para prefeito de Salvador em 2016 tem causado uma divisão na executiva do PDT na capital baiana. Após o presidente municipal do partido, o vereador Odiosvaldo Vigas, afirmar que a legenda vai apoiar o prefeito democrata na busca pela reeleição no ano que vem, o vice-presidente da sigla, Randerson Leal, retrucou dizendo que a história não é bem assim.

Randerson Leal é presidente do Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE). O dirigente também é filho do deputado estadual Roberto Carlos (PDT), que integra o time de deputados aliados ao governador Rui Costa (PT), o que explica a resistência do presidente do Ibametro.

Randerson recorreu ao seu perfil na rede social Facebook para contrapor o que Odiosvaldo Vigas havia dito após a reunião do partido na última sexta-feira (6).  “Como membro da executiva municipal do PDT de Salvador participei da reunião da mesma no último dia 6 de novembro, nesta reunião não foi definido ainda se teremos candidatura própria ou com quem marcharemos nas eleições de 2016. Continuaremos discutindo o melhor caminho a seguir com o objetivo de fortalecer cada vez mais o nosso PDT em Salvador. Além disso, o estatuto do partido prevê que nas capitais com mais de 200 mil eleitores a decisão final é da executiva nacional”, disse o pedetista.

Procurado pela Tribuna, o presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, afirmou que a tendência é mesmo apoiar o prefeito ACM Neto na eleição municipal de Salvador, mas que “o assunto ainda não está definido”. “A eleição de 2016 está começando a ser discutida agora. Não temos essa definição, mas há uma grande tendência para apoiarmos o prefeito ACM Neto”, reforçou.

Com o discurso de que ainda se deve discutir o assunto, Randerson Leal pede mais conversas do partido com o governo estadual e com o municipal. “Sempre defendi a tese de que devemos ouvir os dois lados: do governo do estado, do qual tenho orgulho de participar como dirigente do Ibametro e o governo municipal, para então podermos decidir democraticamente qual a proposta que se identifica com as diretrizes e os anseios do nosso PDT de Salvador”, apontou.

Depois que o presidente do Ibametro se manifestou de modo contrário a Vigas, o vereador Kiki Bispo, recém-filiado ao PDT, tratou de defender o presidente da agremiação em Salvador confirmando o que havia sido veiculado. “Os três vereadores [Kiki Bispo, Leandro Guerrilha e Odiosvaldo Vigas], as executivas municipal e estadual, fazemos parte da gestão [de ACM Neto] com a secretária Andrea Mendonça.

O presidente nacional Carlos Lupi, ao ratificar Félix [Mendonça Júnior] na presidência do partido, sinalizou claramente que o PDT marchará com ACM Neto em 2016”, afirmou Kiki Bispo. A decisão do PDT de Salvador é anunciar a tendência de apoio ao gestor democrata foi recebida com cautela pelo PT municipal. Segundo a presidente da sigla petista na capital baiana, Marta Rodrigues, o quadro ainda pode ser revertido. “Requer conversa, até porque a bancada dos deputados estaduais continua no governo Rui”.

Por Aparecido Silva/Tribuna da Bahia