Após incêndio, ônibus não circulam no fim de linha do Engenho Velho da Federação
Motoristas só voltarão a acessar o bairro quando o clima de segurança for restabelecido, diz sindicato; policiamento foi reforçado
Os ônibus que atendem ao Engenho Velho da Federação não circulam até o fim de linha do bairro nesta sexta-feira (12); na manhã de quinta (11), um coletivo foi queimado após a morte de um jovem em confronto com a polícia.
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(Foto: Louise Lobato/ Correio24horas) |
De acordo com Daniel Mota, diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, os motoristas só voltarão a acessar o bairro quando o clima de segurança for restabelecido. Segundo ele, apesar de o reforço policial já estar acontecendo, os ônibus têm parado próximo a um posto de gasolina, na entrada do bairro.
Em nota, a polícia informou que a 41ª Companhia Independente de Polícia Militar, responsável pela área, está recebendo reforço de unidades táticas como Rondesp Atlântico, Operação Apollo e Operação Gêmeos. "É compreensível que após um evento como o ocorrido ontem [quinta-feira], tanto os moradores, quanto os profissionais do transporte coletivo, estejam receosos. A Polícia Militar da Bahia reafirma o compromisso de manter a ordem no local e, a exemplo da rápida intervenção na apreensão dos autores do incêndio, continuará a atuar de forma firme e eficaz", diz um trecho da nota.
Na tarde de quinta-feira (11), três adolescentes com idades de 15 a 17 anos foram apreendidos por suspeita de envolvimento no incêndio ao ônibus. Eles foram conduzidos à Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). De acordo com a PM, os adolescentes também tentaram incendiar um outro coletivo na noite de quarta-feira (10), momentos depois de Reilan Rosalino dos Santos Braga, 18 anos, suspeito de envolvimento no tráfico de drogas, morrer em uma troca de tiros com a Rondesp. Segundo a PM, a troca de tiros que deixou um suspeito morto aconteceu por volta das 19h30.
Reilan Rosalino dos Santos Braga, 18 anos, que era morador do Engenho Velho da Federação, chegou a ser socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE) depois de ser baleado, mas já chegou sem vida. Ele estaria em um grupo de oito homens que trocou tiros com duas guarnições da PM no Vale da Muriçoca, segundo a polícia, e com ele foi encontrada uma pistola 9 milímetros.