Após rescisão de contrato, CSN diz que prefeitura fechou portas para solução consensual

Após o prefeito de Salvador, Bruno Reis, ter decretado neste sábado (27) caducidade e rescisão do contrato com a Concecionária Salvador Norte (CSN), a empresa afirmou que a decisão é fruto de uma desastrosa reestruturação promovida no sistema de transporte público da capital baiana.

“A CSN é formada por empresas que atuam com sucesso há mais de 60 anos no transporte público de Salvador. A omissão do poder concedente em cumprir a sua parte no contrato de concessão, por mais de 6 anos consecutivos, levou ao exaurimento financeiro da CSN, o que é a origem dos problemas apontados”, diz a nota da empresa.

Segundo a CSN, até o último momento houve tentativas de diálogos com a prefeitura, mas as portas para possível solução justa e consensual foram fechadas.

A empresa afirmou ainda que a prefeitura tentou se esquivar de responsabilidades relativas ao período anterior e durante a intervenção “ao requerer a desistência das ações ajuizadas pela CSN, onde serão comprovadas todas as irregularidades e irresponsabilidades da Prefeitura na condução do contrato, daquele que foi reconhecido pelo próprio Prefeito como o pior sistema de transportes do país”.

A empresa frisa que os problemas serão resolvidos na justiça e a história vai cobrar a postura do prefeito e da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores:

“A justiça vai cobrar da Prefeitura as suas responsabilidades. A história vai cobrar do Prefeito pela arrogância e incompetência e da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores pela postura subserviente ao Poder em desprezo ao interesse dos trabalhadores”, diz a nota.

Neste sábado, o prefeito Bruno Reis anunciou a rescisão do contrato com a CSN, alegando que houve má gestão e que durante os nove meses de intervenção houve auditoria interna que apontou irregularidades graves e gravíssimas, além de dívidas que somam R$ 516 milhões no total. Agora, o sistema passa a ser operado unicamente pela prefeitura de Salvador.