jun 8, 2015
Após sete anos de queda, número de domésticas volta a subir
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A retração da economia e a incerteza sobre o rumo do país fez com que a oferta de mão-de-obra doméstica, que apresentava queda desde 2008, voltasse a crescer. Mas, para especialistas ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, a crise e o aumento de encargos definidos pela PEC das domésticas pode diminuir a contratação dos profissionais do setor. Segundo a economista Hildete Pereira de Melo, professora da Universidade Federal Fluminense, os salários dos trabalhadores podem dar "uma barateada" ou os contratantes pode optar por diaristas para evitar vínculo de emprego. Dados levantados pelo IBGE apontam que, após sete anos de queda, a participação do grupo passou de 6,1% para 6,3% em 2015. O coordenador de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Azeredo, acredita que apesar de pequena a variação indica estabilização de um mercado que estava em queda. "Com o cenário econômico mais favorável, as domésticas, principalmente as mais novas, estavam migrando para novos grupamentos de trabalho. Agora, diante da falta de oportunidade em outras áreas, algumas trabalhadoras estão retornando ou ingressando pela primeira vez no mercado doméstico", explicou.