Apreensão de armas de fogo cresce 9,8% na Bahia
Dados do Ministério da Justiça apontaram que 22.653 armas de fogo foram entregues, apenas pela população baiana, para destruição às autoridades brasileiras de 2003 até a última sexta-feira (6). Especialistas estimam que apesar da ausência de informações oficiais sobre a quantidade de armas que circulam no país, os números devem aumentar com a revogação do Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003. Na última semana, um novo texto que facilita a compra de armas foi aprovado por uma comissão especial de deputados em Brasília.
Neste ano, até o mês de outubro, a Polícia Militar recolheu 4.378 armamentos no estado. Um aumento de 9,88% em comparação com a quantidade apreendida em 2014 (3.984). Intitulado “Estatuto de Controle de Armas” o projeto de lei 3.722/12, criado para substituir a legislação anterior, já foi enviado para a Câmara dos Deputados, que ainda não possui data para votar a proposta.
O deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), autor do projeto, afirma que a proposta visa “acabar com a arbitrariedade dos processos de compra e porte de armas no país” e que a determinação “pouparia vidas”. A atual legislação (10.826/03) determina que somente policiais civis, militares, federais, rodoviários, membros das Forças Armadas, agentes de inteligência, agentes penitenciários, auditores fiscais, profissionais de segurança pública e privada (em serviço), podem portar armas de fogo.