Bahia está invicto contra segunda metade da tabela no Brasileiro
Que o próximo adversário do Bahia é o CSA já não é mais novidade para ninguém. Com 12 pontos, os alagoanos ocupam a penúltima colocação do Campeonato Brasileiro, fazendo parte de um grupo contra quem o tricolor ainda não perdeu na competição: aquele da metade inferior da tabela de classificação.
Até aqui, foram sete jogos contra os times que atualmente estão do 11º ao 20º lugar. O Bahia venceu três e empatou quatro partidas, acumulando um aproveitamento de 62%. Contra equipes que estão na zona de rebaixamento, caso do CSA, o tricolor venceu duas – Fluminense e Avaí em casa – e empatou uma, contra a Chapecoense fora.
Esse desempenho se torna ainda mais relevante para o Bahia quando comparado aos resultados frente às equipes do atual G10. Foram nove partidas, com três vitórias, dois empates e quatro derrotas. O aproveitamento cai para 40,7%. Com dois jogos a mais, obteve cinco pontos a menos (13 contra 11).
Um ponto que pesa a favor do time de Roger é a solidez defensiva, realçada contra equipes da metade inferior da tabela. Dessas, apenas Fluminense (3×2) e Goiás (1×1) fizeram gol no tricolor. Contudo, o Bahia passou três partidas sem balançar as redes. A peleja contra o Fluminense, inclusive, foi a mais atípica: além de ser a única em que o Bahia levou dois gols, também foi a ocasião exclusiva em que o tricolor marcou três vezes no mesmo jogo. Isso no recorte contra times de baixo.
Vacilou?
Apesar da invencibilidade, o Bahia deixou escapar chances de sair com os três pontos ao enfrentar as equipes da segunda metade da tabela. Os casos mais marcantes foram os empates com Cruzeiro (0x0) e Goiás (1×1), ambos na Fonte Nova. Na época, o time mineiro jogou com escalação reserva e o goiano tinha seis desfalques.
Técnico tricolor, Roger Machado pede para analisar o contexto antes de qualquer avaliação. “Contra Cruzeiro e Goiás, tivemos jogadores expulsos. Isso nos atrapalhou e atrapalha qualquer time. Contra a Chape, empatamos fora, que é sempre um bom resultado”, analisou.
Com ou sem contexto, uma coisa é fato: para continuar sonhando com a entrada no G6, zona de classificação à Copa Libertadores, o Bahia precisa vencer o CSA no próximo sábado (31), às 17h, na Fonte Nova. Ao longo da semana, atletas e comissão técnica adotaram um discurso cauteloso. No entanto, Roger admite que a atual situação do Bahia é de briga por voos mais altos.
“Sempre digo que temos o direito de sonhar. Não só sonhar, como a realidade neste momento nos dá indicativo de que temos capacidade de estar nesse bloco que vai disputar essas vagas para a maior competição continental que temos”, avaliou o técnico do Bahia.
*com supervisão do subeditor Miro Palma