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27 September 2024

Bate-volta de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos custou R$ 11 mil em diárias

As quatro meias diárias, referentes aos dias 30 e 31 de agosto, custaram R$ 3.736,37 por pessoa. Eles se hospedaram na residência oficial da embaixada do Brasil em Washington.

Como a visita faz parte da campanha do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à embaixada do Brasil em Washington, a parte dele não foi paga pela Câmara dos Deputados. Ao UOL, a Secretaria de Relações Internacionais da Câmara afirmou que, no futuro, Eduardo ainda pode argumentar que a viagem foi feita a trabalho, já que ele é presidente da Creden (Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional).

Participaram da viagem Filipe Martins (assessor para Assuntos Internacionais do Planalto), Vicente Santini (secretário-executivo da Casa Civil) e Arthur Weintraub (assessor da Presidência e irmão do ministro da Educação, Abraham Weintraub). Eles viajaram em um avião da Força Aérea Brasileira.

Oficialmente, Eduardo Bolsonaro afirmou que a viagem teve como objetivo agradecer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo apoio prestado a Bolsonaro durante a crise das queimadas na Amazônia. O grupo teve um encontro de meia hora com ele no dia 30, fora da agenda de Trump.

O restante do tempo foi dedicado à agenda pessoal dos viajantes: reportagem da Folha de S. Paulo revelou que eles pagaram cerca de R$ 4 mil em um jantar no restaurante Del Mar, do chef italiano Fabio Trobocchi. O Itamaraty informa que as despesas com alimentação não foram reembolsadas.

Para o Congresso, o objetivo da viagem era mais simbólico do que prático: o filho do presidente teria como meta convencer senadores indecisos de que a relação de sua família com o governo dos Estados Unidos pode beneficiar o Brasil.

Na última quarta-feira (4), a Advocacia do Senado decidiu que a indicação de Eduardo para a embaixada não configura nepotismo.