Bichos: Eletricidade dos enfeites natalinos pode representar riscos para seu pet
O susto pode variar desde a destruição do objeto até uma parada cardiorrespiratória por conta de choques elétricos em fios mordidos
Todo cuidado é pouco para que a decoração não machuque |
Sabe aquela árvore de Natal imensa, cheia de penduricalhos, linda de viver, que você colocou no meio da sua sala? Se há um animal em casa, todo cuidado é pouco para que sua decoração não traga dano para o seu melhor amigo. O susto pode variar desde a destruição do objeto até uma parada cardiorrespiratória por conta de choques elétricos em fios mordidos.
Filhotes, em particular, devem ser mantidos afastados de pisca-piscas e dos fios de eletricidade. Afinal, eles podem roer os fios do enfeite e levar choques. “Eles são extremamente curiosos e ainda não entendem limites, por isso é necessário que os donos impeçam o acesso à área onde o pinheirinho estiver localizado”, explica o veterinário Marcelo Quinzani, diretor do Hospital Veterinário Pet Care.
Para ele, o ideal é manter árvores de natal e outros enfeites que contenham a luzinha fora do alcance dos animais. Se, apesar do cuidado, eles conseguiram alcançar a eletricidade e sofreram choque, mas não ficaram presos, verifique a boca do bichinho.
O médico Marcelo Quinzani orienta que se busque sinais de queimadura nas partes internas e externas que apresentam alguma região escurecida ou acinzentada. “Se o seu pet se recusar a comer nos primeiros dias, ofereça alimentos líquidos e frios, como um caldinho de carne ou peixe”, sugere o veterinário.
Ele lembra que, em caso de lesão, pomadas cicatrizantes e antibióticas podem ajudar a melhorar, mas, nesses casos, é fundamental buscar a orientação de um veterinário para prescrição do medicamento indicado. “Não use medicamento humano para que não haja intoxicação”, esclarece Quinzani.
No momento do acidente, a primeira providência que o dono deve tomar é desligar o fio da tomada e nunca tentar retirar o cão com o fio ligado, uma vez que também pode ser eletrocutado. Também deve afastá-lo de possíveis poças d’água ou urina e nunca jogar água no animal.
Se o animal estiver preso, a medida é desligar o fio da tomada e não tentar retirar o pet com a energia ligada. “É importante afastá-lo de qualquer superfície líquida, seja de água ou urina. Nunca jogue água no pet”, orienta o médico, ressaltando que, após essa manobra, é fundamental observar se o animal está consciente e respirando.
Em caso de parada cardíaca, a orientação é que seja feita massagem cardíaca e respiração artificial numa sequência de cinco ou seis pressões sobre o coração e uma respiração. “Só depois que os sinais vitais voltarem, verifique possíveis queimaduras em torno da boca e na língua”, ensina o especialista.
Vale salientar ainda que todo animal que sofreu choque, mesmo sem maiores consequências, deve ser observado por três horas para se verificar qualquer dificuldade respiratória. O profissional médico deve ser consultado.
Outra dica importante é, ao examinar a boca do pet, se for possível visualizar qualquer objeto, remova-o com cuidado, usando os dedos. Nesse processo, é preciso tomar o máximo de cuidado para não causar mais machucados ou não empurrar ainda mais para o fundo.
Marcelo Quinzani ressalta que para que as festas de final de ano não virem sinônimo de estresse, o ideal é treinar os animais de estimação para manterem distância. O médico lembra que essas situações são mais comuns com os felinos, que possuem preferência maior por brincar com fios e escalar árvores, e também com filhotes. Quinzani reforça ainda que animais já adultos são mais fáceis de serem condicionados a ficar longe do local através de treinos e prêmios, além de barreiras físicas para o acesso.
Pets mais calmos
O período de festas, com as frequentes comemorações que envolvem os fogos de artifício, pode representar um fator considerável de estresse para os animais de estimação. Gatos e cachorros, quando submetidos a situações de medo, ambientes desconhecidos ou isolamento, podem apresentar alterações de comportamento manifestadas por excitabilidade e agressividade. Para essas ocasiões, a Pet Mais oferece o Calm Pet, spray que atua acalmando o sistema nervoso (petmais.net).
Livre de intoxicação
Chocolates, panetones, frutas secas e outras delícias tradicionais podem ser perigosos para os animais de estimação. A grande oferta de alimentos faz desta uma época de grande incidência de intoxicação alimentar em pets. A dica é ter cuidado redobrado com os alimentos que ficam disponíveis e deixar algo permitido para eles, como biscoitos caninos, petiscos ou algumas frutas separadas, caso eles tenham interesse.
Identificação garantida
Pets perdidos e roubados preocupam e comovem donos, criadores e especialistas de entidades de proteção aos animais. A Virbac desenvolveu um microchip para cães. Não é localizador, mas o chip contém as informações do pet (nome, nome do dono, endereço, telefone). Em caso de perdas, existem mais chances de ser encontrado. A tecnologia chama-se Backhome e a leitura exige apenas um leitor de microchip universal. Qualquer clínica veterinária, por exemplo, pode identificar o pet.
Melhores amigos: A personalidade forte de Luna
A vontade de adotar um cachorro sempre foi acalentada pela estudante Jéssica Trabuco. Quando sua família se mudou para uma casa, o sonho virou uma possibilidade real. “Achei o anúncio na internet e a veterinária me mostrou pelo Skype. Fiquei apaixonada”, conta, lembrando que a pequena Luna Trabuco, uma poodle de três anos, sempre foi criada cheia de mimos e dengos. “Ela é muito brincalhona, esperta, hiperativa, e muito carinhosa”, conta a ‘mãe’ . No entanto, a questão da alimentação é uma luta.
“A resistência é fazê-la comer só ração, às vezes, adicionamos sachês, mas ela ama comida humana e até faz cara de ‘cão sem dono’, e fica sem comer a ração para cedermos”, entrega Jéssica. A maior qualidade de Luna é a doçura e o carinho. O defeito é a birra. “Se brigarmos com ela, ela só nos perdoa se formos pedir desculpa. Se fica sozinha, quando voltamos, haverá destruíção”, conta.