ago 20, 2020
Bolsonaro fala em ‘meio-termo’ entre R$ 200 e R$ 600 para prorrogar auxílio até fim do ano
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (19) que o governo busca um “meio-termo” para estender o pagamento do auxílio-emergencial a desempregados e informais afetados pela pandemia do coronavírus. A ideia seria um valor entre os R$ 600 pagos atualmente e os R$ 200 defendidos nas últimas semanas.
“Os R$ 600 pesam muito para a União. Não é dinheiro do povo porque não está guardado, é endividamento. E se o país se endivida demais, acaba perdendo sua credibilidade para o futuro. Então, R$ 600 é muito”, declarou Bolsonaro.
“O Paulo Guedes ou alguém falou, na Economia, em R$ 200. Eu acho que é pouco, mas dá para chegar no meio-termo e nós buscarmos que ele venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o fim do ano, de modo que nós consigamos sair desta situação, e fazendo com que os empregos formais e informais voltem à normalidade.”
Segundo Bolsonaro, o assunto foi tratado em um café da manhã nesta quinta com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Palácio da Alvorada. O presidente da República não informou se Maia manifestou apoio à proposta.
As declarações foram dadas na cerimônia em que o presidente sancionou leis decorrentes de medidas provisórias, já aprovadas pelo Congresso, com medidas de crédito para empresas durante a pandemia. Na solenidade, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que está “estudando” a prorrogação do auxílio.
“Estamos estudando isso. O presidente estava hoje nos instruindo, exatamente, para lançar esta camada de preservação aí para frente. Evidentemente, não há recurso para pagar os R$ 600, mas o presidente disse ‘olha, vamos tentar fazer o máximo possível, dentro dos recursos que temos, para ir esticando isso'”.
Informações G1