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22 November 2024
Foto reprodução: Folha UOL

Bolsonaro faz planos para passar Lula nas pesquisas até o meio de agosto

Com o lema “Pelo bem do Brasil”, o presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializará a candidatura à reeleição no Rio de Janeiro, seu berço político. A convenção ocorrerá no domingo (24) no Maracanãzinho, às 11h22, com simbolismos em referência ao 22 do partido e à vestimenta dos participantes orientados a comparecer de verde e amarelo ao local. Essa é uma das primeiras convenções nacionais, prazo para os partidos definirem oficialmente seus candidatos e que ocorre no período de 20 de julho a 5 de agosto.

A menos 76 dias das eleições, Bolsonaro e a equipe concentram forças no fechamento de acordos ainda indefinidos nos maiores colégios estaduais do país e pretendem ultrapassar o petista Luiz Inácio Lula da Silva até o meio de agosto. O foco é a região Sudeste, que concentra 42,64% do eleitorado nacional, contando ainda com o impulso da recente vitória governista com a aprovação da PEC das Bondades. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, mais uma vez, a maior parte do eleitorado brasileiro é composta por mulheres e, por isso, o presidente tem sido aconselhado pelo comitê de campanha a aumentar a ofensiva, acenando ao público feminino, onde não é popular.

Em São Paulo, principal colégio eleitoral, que concentra 22,16% de todos os eleitores, o candidato de Bolsonaro ao governo é o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos).

Em Minas Gerais, o segundo maior eleitorado com 10,41% do total de eleitores, tem histórico decisivo nas eleições. Desde 1989, quem ganha no estado leva a cadeira do Palácio do Planalto. Bolsonaro esteve em Juiz de Fora, na última semana, onde explorou o caso da facada sofrida em 2018 durante a pré-campanha. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, em levantamento divulgado no último dia 15 sobre as intenções de voto em Minas, Lula aparece com 42%, oito pontos de vantagem sobre o presidente, segundo colocado, com 34%.

No Rio de Janeiro, cenário melhor definido, Bolsonaro conta com a candidatura à reeleição do governador Cláudio Castro (PL), que aparece tecnicamente empatado com Marcelo Freixo (PSB) nas últimas pesquisas de intenção de voto. Castro tem como companheiro de chapa um nome do MDB, o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis. Ao Senado, o partido vai bancar a tentativa de reeleição do ex-jogador Romário (PL-RJ), apesar do forte apelo bolsonarista de apoio ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que também tenta se viabilizar.

Na Bahia, o presidente encontra dificuldades. Tentou aproximação sem sucesso com ACM Neto (União), o ex-prefeito de Salvador, que concorrerá a governador e aparece como favorito nas intenções de voto. Ele preferiu manter o palanque aberto. Bolsonaro conta agora com a pré-candidatura do ex-ministro da Cidadania João Roma (PL) a governador.

No Rio Grande do Sul, o líder do Executivo tem “bola dupla”. Tanto o deputado federal Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro do governo, e o senador Luiz Carlos Heinze (PP), vice-líder do partido no Senado, se colocaram na disputa como candidatos a governador.

No Mato Grosso do Sul, Bolsonaro também se depara com palanque duplo e o antagonismo entre o pragmatismo contra candidatos menos competitivos, mas defendidos pela ala radical bolsonarista. No local, o presidente deve apoiar o governador do Mato Grosso do Sul Eduardo Riedel (PSDB), que tentará a reeleição, e abrigará a ex-ministra Tereza Cristina (União) na chapa como candidata ao Senado.

*Com informações do Correio Braziliense