Bolsonaro pedirá à Anvisa liberação emergencial de spray nasal contra covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (15/2) que enviará à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de liberação emergencial do spray EXO-CD24, desenvolvido por Israel e que, segundo ele, poderá ajudar no combate à covid-19. A declaração ocorreu por meio das redes sociais.
“EXO-CD24 é um spray nasal desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov de Israel, com eficácia próxima de 100% (29/30), em casos graves, contra a covid. Brevemente será enviado à Anvisa o pedido de análise para uso emergencial do medicamento”, escreveu.
Na mesma publicação, o mandatário compartilhou uma postagem do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, traduzida pelo Google, na qual ele fala em cooperação de ambos os países para o desenvolvimento de medicamentos contra o novo coronavírus.
“Falei ontem por telefone com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que nos parabenizou pelo sucesso da campanha de vacinação em Israel. Concordamos em cooperar no desenvolvimento de medicamentos e vacinas contra o vírus. Espero que nos encontremos em breve!”.
No último dia 12, Bolsonaro já havia falado sobre a reunião por meio de videoconferência com Netanyahu a respeito do spray. Ele se mostrou interessado em fazer com que o Brasil participe da terceira fase de testes do medicamento. “Entre outros assuntos, tratamos da participação do Brasil na 3ª fase de testes do spray EXO-CD24, medicamento israelense que, até o momento, vem obtendo grande sucesso no tratamento da covid-19 em casos graves”.
Ainda em live no dia 11, o presidente comentou sobre a medicação desenvolvida inicialmente para o tratamento de câncer de ovário ter sido aplicada em 24 pacientes em estado grave da covid-19.
“É uma tremenda notícia. Espero que seja realmente eficaz no tratamento contra a covid-19. Agora pergunto a você: você tem um pai, irmão ou amigo que está ali: “Olha, vai ser intubado”, você vai dar um spray no nariz dele ou não? Ou vai tratar isso como uma hidroxicloroquina, porque também não tem comprovação científica? Então o mundo, com esse tratamento off label (fora da bula), acaba descobrindo as coisas”.
Por fim, Bolsonaro relatou que a droga “está servindo — pelo menos experimentalmente — para pessoas em estado grave. Agora sim. Está em estado grave? Toma, poxa. Vai esperar ser intubado?”, aconselhou. Ainda não há estudos suficientes que comprovem que o medicamento é realmente eficaz contra o vírus.