Bruno Reis sobre população ser contra o Carnaval: ‘Quantas pessoas estão sem renda?’
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM) voltou a comentar, na manhã desta terça-feira (9), sobre a realização do Carnaval na cidade em 2022. O Chefe do Executivo soteropolitano anunciou, nesta segunda-feira (8), que vai tentar se reunir com o governador da Bahia, Rui Costa (PT) para juntos definirem se haverá a festa.
Durante uma coletiva de imprensa realizada no Largo de Roma, para anunciar a segunda etapa de obras da Rua Henrique Dias, o prefeito foi questionado sobre a pesquisa recente do portal R7, onde 60% da população se mostrou contra a realização da folia no próximo ano.
“Vocês passaram na porta da SEMPRE (Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer) para ver a quantidade de pessoas buscando o auxílio emergencial? Vocês já viram a quantidade de pessoas em situação de rua? Vocês já sabem os impactos desse segmento não funcionando na nossa economia. R$ 1,5 bilhão. Quantas pessoas estão sem renda? Primeiro podemos fazer uma barreira sanitária para quem quer entrar no país, segundo você tem como exigir a vacinação de quem quiser entrar no circuito, nos camarotes e nos blocos”, disse o prefeito.
Bruno Reis aproveitou para lembrar que a opinião pública sobre a festa já esteve pior, assim como no retorno às aulas presenciais. Outra dificuldade, citada pelo prefeito, é controlar a população de realizar festas clandestinas nas ruas e bairros, no período do Carnaval.
“Se não for feito o Carnaval, o que que pode ocorrer na prática? Outros lugares vão fazer. Os artistas vão sair daqui para se apresentarem lá. Quem tiver condições vai participar desses eventos lá e depois, se pegar Covid-19, vai trazer de volta. Além disso, será difícil controlar as aglomerações nos bairros e em todos os lugares da cidade. Lá atrás, em determinado momento, a maioria da população era contra a volta às aulas presenciais e nós voltamos. Em relação ao Carnaval, já foi uma proporção bem maior. Tinha pesquisa de 80% (contra) e 20% (a favor). Pode ser que em fevereiro a maioria já seja a favor”, pontuou Bruno.
“Fatalmente nós temos que tomar uma decisão agora nesse mês. Se não, nós não teremos tempo para organizar. Nem que seja uma decisão condicionada, para lá na frente dizer: ‘ó [a realização do Carnaval] tá condicionada a esses números [leitos ocupados, número de casos e óbitos]”, finalizou o prefeito.
BAHIA BA