Câmara promove sessão especial do Dia de Luta contra a Aids
O Dia Internacional de Luta contra a AIDS, instituído em 1º de dezembro, será celebrado na Câmara Municipal de Salvador com uma sessão especial solicitada pela vereadora Marta Rodrigues (PT). O evento acontece nesta quarta-feira (13), às 9h, no Plenário Cosme de Farias.
“Precisamos discutir a Aids para acabar com o preconceito que as pessoas que convivem com a doença sofrem. Ainda há muita desinformação sobre o assunto e quanto mais discussões realizarmos, mais avançamos para o fim dos estigmas e para a conscientização da prevenção”, declarou a vereadora.
De acordo com Marta, sessões como esta reforçam a necessidade de lutar para impedir retrocessos nas políticas públicas de combate à doença. “Diversos retrocessos já podem ser vistos neste governo, a começar pela nomeação de um engenheiro, o deputado federal Ricardo Barros, para assumir o Ministério da Saúde. As questões político-partidárias em cima da pasta, o congelamento de verbas para a saúde pelos próximos 20 anos, levaram um dos maiores especialistas em DST/Aids, Fábio Mesquita, a pedir exoneração do cargo de diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde”, lembrou a vereadora.
“Ano passado, o governo proibiu a viagem de técnicos do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde para uma assembleia da Organização Mundial de Saúde, na Suíca”, pontuou. O evento iria discutir novas medidas para garantir o controle da epidemia até 2030, meta da ONU, da qual o Brasil é signatário.
Dados
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde ano passado mostram que o Brasil tem 827 mil pessoas vivendo com HIV. Em 2013, o Brasil chegou a ser considerado o líder mundial no combate à Aids, especialmente no que diz respeito ao tratamento oferecido aos portadores do vírus HIV.
“O governo do PT foi fundamental para expandir o tratamento para todos os brasileiros através do SUS. As medicações se tornaram de mais fácil acesso ao brasileiro, quando o presidente Lula autorizou a quebra da patente do medicamento”, explicou Marta. Com o licenciamento compulsório, o Brasil passou a iniciar a produção nacional da droga e a importar genéricos.
“Antes disso, só a empresa produtora, a Merch, tinha permissão de vender os remédios no país por ser a dona da patente. Tinha exclusividade de comercialização”, explicou a parlamentar.