Candidatos a presidência da Câmara têm pendências na Justiça; a disputa tem número recorde
Quatro dos seis mais fortes candidatos à sucessão do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara, enfrentam algum tipo de processo judicial. Um foi citado na Operação Lava Jato, outro não responde mais a ações porque os crimes dos quais era acusado prescreveram. Outros dois ainda respondem acusações como peculato (desvios de recursos públicos) e até por submeter empregados a condições de trabalho semelhantes à escravidão.
A eleição do próximo presidente da Câmara, prevista para a quarta-feira, vai definir uma figura central para os próximos passos do governo. Além de ser o primeiro na linha sucessória do presidente em exercício Michel Temer, o substituto de Cunha terá poder para acelerar ou atrapalhar o processo de cassação do peemedebista e as votações de projetos importantes para o ajuste fiscal do governo.
As pendências dos 16 nomes citados na disputa foram conferidas através de um levantamento do Estado. Até o momento, nove nomes estão relacionados a algum tipo de procedimento. A disputa pelo cargo tem número recorde de concorrentes e pretende movimentar a semana que antecede o recesso parlamentar do meio do ano.