Casal reconheceu assassino antes de ser morto com 120 facadas
O empresário Higor Humberto Fonseca de Sousa, de 26 anos, lutou com três assaltantes antes de ser morto com 110 facadas dentro de casa em Araxá, no Alto Paranaíba. Ele conseguiu desarmar um dos criminosos e retirar o tambor de um revólver calibre 38. Ao surpreender os ladrões em casa, reconheceu um deles como o homem que foi até sua loja no dia anterior para planejar o crime. A mulher, Rafaela D’Eluz Giordani, de 21, tentou morder um dos ladrões. Ela foi golpeada 12 vezes no pescoço
A caminhonete da vítima, as duas TVs e as joias roubadas já teriam sido vendidas em outra cidade, segundo o advogado, que não informa o nome do município. Ele garante que Igor Souza tem um álibi.
— Ele foi para uma festa em Ibiá. As câmeras da rodoviária devem mostrá-lo embarcando com o avô. Ele não participou da execução.
Os suspeitos prestaram depoimento e estão presos
A Polícia Civil conseguiu prender dois homens (Igor Rafael de Paula Silva, 18 anos, e Vinicius Henrique Machado da Mata, 20) e deter dois adolescentes – um dos executores continua foragido, Yuri Santiago Borges (foto). Igor e Vinícius já trabalharam como mecânicos na loja de Sousa
Igor Silva ajudou a polícia a esclarecer a morte. O advogado do suspeito, Daniel Coutinho, explica que o cliente recebeu R$ 500 para transportar os comparsas de moto.
— Não era vingança, nada disso. O Yuri chamou o Igor para uma “fita”, pediu para levá-los de moto até uma casa que iam furtar enquanto os donos não estavam. No dia seguinte, quando foi receber, ficou sabendo das mortes. Por coincidência, era a casa do ex-patrão
Igor contou que o ex-chefe ostentava ter muito dinheiro e joias, o que atraiu os comparsas a procurarem o cofre.
— A vítima reagiu, tomou o 38 dele e o tambor caiu no chão. Puxou o capuz do executor e o reconheceu como o homem que tinha ido na loja no dia anterior. Os três entraram em luta com o Higor, um se desvencilhou e buscou uma faca na casa para golpear o casal. Como era muito forte, deram 100 facadas para se certificarem de que estava morto