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29 September 2024

Caso Alstom faz Suíça suspender ajuda judicial ao Brasil

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A Suíça suspendeu "toda a cooperação judicial com o Brasil" por vazamento de dados sigilosos da apuração que envolve o conselheiro Robson Marinho, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e outros alvos do caso Alstom. Marinho é investigado sob suspeita de receber propina da multinacional francesa para beneficiá-la em um contrato do setor de energia fechado em 1998, durante o governo tucano de Mário Covas. O congelamento da cooperação alcança pelo menos outros dez casos investigados de forma conjunta ou nos quais o Brasil havia pedido informações. Esses procedimentos foram, por enquanto, arquivados. O rompimento não é definitivo, mas Berna avisou que "está suspensa a troca de informações entre autoridades da Suíça e do Brasil" até que a Justiça suíça receba justificativa válida sobre divulgação de relatório de investigação financeira. O mal-estar, segundo autoridades suíças, foi gerado por causa da publicação dos nomes dos suspeitos no caso Alstom e de informações e documentos que os comprometem, inclusive o cartão de abertura de uma conta em nome da offshore Higgings Finance Ltd. no Credit Lyonnais de Genebra. Constituída nas Ilhas Virgens Britânicas, a Higgings é controlada por Marinho. Ele detém os direitos econômicos da offshore. A Suíça bloqueou US$ 3,059 milhões do conselheiro, que foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB).