Chega de tabu: A mulherada está sim se masturbando
TÁ NA HORA DE ENFIAR A MÃO na consciência e dentro da calcinha. Masturbar-se é sublime. Muito mais profundo… do que o clichê “fazer amor com quem você mais ama”, se tocar é dar uma de Alice e abrir as portas do País das Maravilhas. Ou melhor, chutar a porta, mergulhando de cara nos prazeres que só sua pepeca pode te proporcionar. E tudo isso ao alcance de seus dedinhos.
Desde sempre, a gente ouve falar que o sexo é o mocinho penetrando na mocinha até gozar e, até que isso venha acontecer, ele está liberado para descobrir como ter prazer, entender o seu corpo e saber o que fazer na hora H. Agora, experimenta a mocinha tentar fazer a mesma coisa, de se tocar, conhecer seu sexo e ter prazer com isso. Absurdo! Na nossa sociedade bagunçada, as mulheres de família e puras não se – eca – tocam. Sacanagem, né? Tocar sua pepeca é um negócio sério. E delicado. Felizmente para a pepeca e, infelizmente, para algumas pessoas. Amigos e, principalmente, migas: vai ter mulher gozando pra caramba, sim. Se você tiver fôlego e cabeça aberta vai conseguir nos acompanhar.
Tá cheio de vídeo com diferentes técnicas sobre como masturbar uma mulher. E quando a garota quer se masturbar sozinha? Divinyls já cantava: “I don’t want anybody else, when I think about you, I touch myself”. A gente não precisa de mais ninguém. Basta pensar e gostar de se tocar.
Antes de colocar literalmente a mão na massa, é bom falar que siririca ainda é um tabu dos grandes, até mesmo em rodas de amigas. Tudo bem falar da noite incrível que você teve, mas comentar que você descobriu como é gostoso bater uma pensando no Ryan Gosling já deixa todo mundo desconfortável. Falta incentivo e informação.
Essa nossa cultura, que tem medo do pussypower, é a mesma que faz uma pressão para que sejamos as deusas do sexo. Ora, como é que o sexo vai ser gostoso se você nem sabe ainda o que te agrada? A mulher que se conhece rompe barreiras e é capaz de ter e proporcionar muito mais prazer.
Só que as mulheres não estão se tocando. Ou, o que também é ruim, não estão admitindo. Segundo a National Survey of Sexual Health and Behaviour, em uma pesquisa feita pela Universidade de Indiana, nos EUA, apenas 5% das mulheres entre 25 e 29 anos se masturbam mais de quatro vezes na semana. Ao mesmo tempo, quase 30% das entrevistadas não brincam com a própria pepeca há, no mínimo, um ano! E deixa eu contar um segredinho? A maioria dos homens também não sabe bem o que fazer. Acha que é só dar uma dedadinha aqui e ali que está tudo certo. Sem você pra guiar, como é que isso pode dar certo?
CHEGANDO NO LIMITE – EDGING
NOTA: GOSTOSINHO
Edging é chegar no momento em que você quase goza e aí… para. Isso mesmo: stop, chega. Existem 3 variações. Na primeira eu me toquei em volta do clitóris, de cima para baixo nos lábios, aproveitando bem todo o espaço de diversão. Quando estava quase chegando lá, parei. Esperei alguns segundos e comecei a me tocar de novo, no mesmo esquema. É preciso ter uma força de vontade absurda, porque o risco de se entregar e gozar ou parar por tanto tempo a ponto de perder o orgasmo de vez é bem grande. A segunda variação é da distração: quando estiver quase gozando, pare de tocar o seu clitóris e dê batidinhas nos lábios, sentindo as outras partes da pepeca para distrair o seu sininho do orgasmo. A terceira, que eu achei a melhor, porque esse lance de parar não é comigo, consiste em se masturbar e, quando estiver quase lá, parar de se tocar e dar leves batidinhas no clitóris. Mas é leve, hein! Pra não machucar nenhuma parte ali.
O PRAZER DA INSINUAÇÃO – HINTING
NOTA: (SE TESTADA COM PARCEIRO): PARAÍSO
Melhor do que acertar onde tocar, é ficar fazendo uma firula por perto sem chegar às vias de fato. O melhor do hinting é que ele fica ali esquentando, mexendo com tudo ao redor do clitóris mas nunca nele. Na primeira variação, brinquei com minhas coxas, virilha… Tudo o que está além do perímetro de segurança máxima. A segunda é passar os dedos de levinho ali na entrada da vagina. Fiquei ali, só curtindo a paisagem. A terceira variação é tocar em volta do clitóris, ir e voltar, esbarrando de leve mas só brincando em volta. É legal não criar padrão de movimentos, esbarrar no clitóris vez sim, vez não. Testar pressões e velocidades diferentes nos lábios. Acelere, diminua, curta o momento e deixe seu clitóris para depois, sua vagina é muito mais do que só ele. Essa técnica é excelente, mesmo, se você fizer com outra pessoa. Experimente penetrar um pouco do pênis na entrada da vagina – famosa cabecinha – e se masturbe enquanto ele está lá. O Paraíso fica um pouco mais perto.
REPETIÇÃO É LEGAL – CONSISTENCY
NOTA: MEU DEUS DO CÉU
Consistency foi o melhor de todos. Gozei em 7 minutos (isso é rápido, tá?). O segredo é manter um padrão, sem muita loucura. Escolha o tipo de toque de que você mais gosta, se é de baixo para cima, de um lado para o outro, círculos, o que for, e fique nele até o fim. Mantenha o mesmo ritmo, pressão, movimento, direção até atingir o orgasmo. Conforme você for sentindo as reações, o seu corpo naturalmente pede por mais – mais velocidade, mais pressão, mais padrão. Atenda a esse desejo e, o mais importante de tudo, não pare até chegar ao final. Talvez por isso o orgasmo chegue bem rápido.
SURPRESA! – SURPRISE
NOTA: QUALQUER COISA
Surprise prometeu muito mais do que cumpriu. O lance é não deixar seu corpo sacar o que vai acontecer em seguida, é se tocar mudando direção, pressão, jeito – tudo. Exatamente o oposto da consistência. É tocar de baixo pra cima, depois de lado, depois focar no clitóris, aí só na entrada da vagina, é misturar tudo e mais um pouco. Uma festa. Segundo pesquisa do OMGYES, 65% das mulheres curtem serem surpreendidas o tempo todo. Eu, particularmente, me incluo fora dessa: apesar de gostar de uma surpresinha, sou muito mais do time de quem fica em um padrão só de cada vez.
SINTA O RITMO – RHYTHM
NOTA: MASSAGINHA OK
Sabe qual é o segredo dos vibradores? Além de não perguntarem se foi bom pra você, eles têm várias opções de ritmos. E isso é puro ouro. A técnica consiste em basicamente encontrar o ritmo que te satisfaz e ficar nele um tempo, e depois mudar para outro. Pode ser deslizando os dedos ou dando batidinhas no clitóris, você dita o ritmo que quiser e fica no escolhido por um tempo. A parte divertida é que dá pra experimentar vários tipos de batidas. Imagine uma música, que mantém um mesmo ritmo no começo, um diferente no refrão e um terceiro no final. É mais ou menos isso, como se fosse um código morse: fica em um por um tempo e muda. E, claro, use e abuse do bom e velho vibrador.
MAIS! MAIS! MAIS! – MULTIPLES
NOTA: MAIS! MAIS!
Orgasmos múltiplos são reais e deliciosos. É possível gozar mais de duas, três vezes em uma única transa. Paciência é a palavra-chave dessa técnica. O ideal é usar essa manobra depois de ter aquele primeiro orgasmo explosivo, quando o clitóris fica superssensível, qualquer ventinho que bata ali já dá uma tremedeira. O segredo é esquecer completamente que ele existe e focar nos lábios internos e externos. Com movimentos de arco, deslize os dedos pelos lábios internos, na entrada da vagina, mas sem se distrair muito. É focar na construção de um novo orgasmo. Normalmente o segundo demora um pouco, mas, quando você conseguir atingi-lo, continue se tocando no lugar que te fez gozar, e mantenha o toque. Não se preocupe, o próprio OMGYES conta que nem toda mulher consegue chegar lá por pressão dos parceiros. Então relaxa… e goza, minha filha. Literalmente, no caso.
CAMADAS DE PRAZER – LAYERING
NOTA: HUM… DIFERENTE?
O princípio do layering é colocar o máximo de camadas entre você e o seu clitóris. É tipo tocar seu clitóris mas sem, de fato, encostar no menino. Parece difícil? Simples não é. Uma das maneiras de fazer isso é apelar para o Sanduíche de Clitóris (juro). Com os dedos em V, capture os lábios internos de forma que o capuz, aquela pele em cima do clitóris, fique no encontro entre os dedos. Feche os dedos e fique mexendo ali, por cima da pele até gozar. Outra maneira é segurar os lábios externos, fechando o clitóris lá dentro e ficar puxando-os e soltando-os. Mais uma, e a mais estranha, é fazer o sanduíche e, ao mesmo tempo, tocar a entrada da vagina por cima dos lábios. A ideia dessa técnica é não encostar em nada mais intenso de primeira, e ir camada por camada. A parte ruim é que é bem fácil sair de um “ai que delícia” para um “ai que dor”.
O PODER DA PRESSÃO – ACCENTING
NOTA: SUSTO GOSTOSO
Enquanto você se toca, coloque um pouco mais de pressão em alguns pontos específicos. Por exemplo, se você está se tocando no clitóris no sentido horário, pressione com mais força quando estiver mais pra baixo e depois continue no ritmo anterior. O lance é você ir pressionando para dar um sustinho de prazer, e depois continuar. São pontos de pressão bem sutis, e pode ser de baixo para cima, lado a lado, passando rapidinho pelo clitóris, ficando do ladinho dele – sua imaginação é quem manda.
A ÓRBITA DO PRAZER – ORBITING
NOTA: TIPO UMA RAPIDINHA
Embora pareça óbvio, muita gente ainda não entende como funciona o orbiting. É simples: é você tocar a pepeca usando e abusando dos movimentos circulares. O bom dessa técnica é que ela tem muitas variações, o que acaba ajudando na hora de encontrar a sua preferida. De círculos que envolvem desde o capuz do clitóris até a entrada da vagina, ou que focam única e exclusivamente no clitóris, com muita ou pouca pressão, mais rápido ou não, o importante é focar em fazer círculos. Isso é bem sério, porque a velocidade com que você goza não é brincadeira. Logo, se quiser prolongar mais ou aumentar a intensidade, seja persistente. Uma dica é mudar o dedo com o qual você se toca: o anelar tem um toque mais suave.