Chile: Loja denuncia funcionários por compras com cartão de Bolsonaro
Aempresa chilena Falabella registrou a denúncia na Procuradoria Centro Norte contra 26 dos seus funcionários, após ter detectado a fraude interna a partir de um número de compras maciças com os cartões de crédito do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e dos seus filhos, o senador, Flávio Bolsonaro, e o vereador, Carlos Bolsonaro.
As compras incluíram luxuosos artigos como celulares, bicicletas e relógios.
Nos dias 02 e 03 de junho passado, o grupo de hackers ‘Anonymous’ publicou na plataforma Twitter os números, as datas de validade e os códigos de segurança dos cartões de crédito do presidente e de dois dos seus filhos.
No Chile, a revelação dos dados teve especial repercussão disparando comentários dos usuários chilenos que afirmavam terem conseguido usar os dados para compras em lojas.
A Falabella detectou mais de 27 mil compras anormais através do seu site na Internet. Perante o repentino volume de compras com os mesmos cartões e nomes, a empresa entrou em contato com a Transbank, empresa chilena responsável pela administração dos cartões de crédito.
Após uma investigação interna, a Falabella encontrou os seus próprios funcionários entre os clientes que usaram um dos cartões dos Bolsonaro.
Foram empregados de vários departamentos da empresa, desde pessoal de depósito a funcionários administrativos, passando por atendimento ao cliente e vendedores de várias filiais em Santiago.
No total, foram 77 compras feitas pelos funcionários, incluindo compras em outras duas empresas do grupo: supermercados Tottus e materiais de construção Sodimac.
Os funcionários compraram celulares, roupa interior, coletes, colchões, computadores, tênis, entre outros produtos.
Pela lei chilena, os acusados podem ser condenados por fraude, além de pagarem uma multa equivalente ao montante da compra.
Aqueles que compartilharam os cartões pelas redes sociais podem ser acusados como cúmplices dos roubos e deverão compensar os danos.
No dia 02 de junho, diversos utilizadores do Twitter agradeceram ao presidente Jair Bolsonaro pelos produtos adquiridos.
Em resposta, o Presidente brasileiro classificou o caso como mais “uma clara medida de intimidação” e avisou que “medidas legais estavam em andamento para que tais crimes não passariam impunes”.