Colégio estadual está há mais de uma semana sem aula por falta de agilidade da Prefeitura após desabamento na Ladeira da Soledade
Um sobrado desabou sobre um casarão e matou três pessoas na Ladeira da Soledade há oito dias e durante esse tempo o local permaneceu interditado. Além do bloqueio do trânsito, as aulas no Colégio Estadual Carneiro Ribeiro, vizinho aos imóveis envolvidos no acidente, continuam paralisadas até a manhã desta quarta-feira (3).
Devido à possibilidade de novos desmoronamentos e para evitar riscos aos transeuntes, a área foi sinalizada pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) e é monitorada por agentes da Defesa Civil da capital (Codesal) e da Guarda Civil Municipal. No entanto, pedestres e motociclistas desviam dos blocos de concreto instalados e continuam a transitar no local.
O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) autorizou a prefeitura a remover os escombros dos dois edifícios na última quinta-feira (27), mas a gestão local alegou que antes de iniciar o serviço aguardaria a análise do caso pela Procuradoria Geral do Município (PGM).
Quanto às investigações sobre a culpa do episódio, José Ivo da Costa Santos, suposto dono que chegou a ser dado como foragido, alegou em depoimento na 2ª Delegacia Territorial da Liberdade que não é juridicamente responsável pelo sobrado e atribuiu a propriedade a outro homem que é procurado pela polícia. Segundo Ivo, sua função era intermediar a venda do imóvel. Ele admitiu ter assinado o termo de notificação da Codesal em 2011, quando algumas telhas do casarão caíram e o órgão solicitou o escoramento imediato da estrutura.