Com mais de 2,8 milhões de ingressos antecipados, estreia em mil salas o épico Os Dez Mandamentos

Se na televisão foi um frisson, imagine assistir a cena em que Moisés abre o Mar Vermelho para a passagem dos hebreus na telona no cinema. A expectativa está altíssima. Duvida? Então você não sabe que até ontem, antes mesmo do filme estrear, mais de 2,8 milhões de ingressos já tinham sido vendidos para a versão cinematográfica da novela Os Dez Mandamentos, arrasa-quarteirão da Record, disponível na íntegra no Netflix.

Ah, faltou dizer que a saga bíblica, que prendeu gente em  3,5 milhões de lares no ano passado, será exibida em mais de mil salas do Brasil – uma em cada três, já que existem três mil ao todo no circuito nacional. Em Salvador, o filme tomará conta de 22 salas. Só com essa prévia de bilheteria, Os Dez Mandamentos já garantiu lugar na lista dos 20 filmes brasileiros mais vistos nos últimos dez anos.

O diretor Alexandre Avancini garante que não haverá perda no cerne da narrativa, mesmo com o encolhimento das 176 horas originais para pouco mais de duas. Pelo contrário, ele diz que a história de Moisés no Antigo Egito “terá ainda mais efeitos especiais, cenas inéditas e um final surpreendente”.

Na real, ele teve que fazer, sim, muito sacrifício para enxugar a trama. Assim sendo, nesse novo corte, Os Dez Mandamentos elimina as tramas paralelas típicas dos folhetins e segue, objetivamente, o script bíblico em torno de Moisés (Guilherme Winter) e do faraó Ramsés (Sérgio Marone).

Ficaram para trás alguns dos personagens interessantes, como a vilã Yunet (Adriana Garambone). As pragas do Egito, assunto que deu um senhor fôlego à trama televisiva, não devem durar mais que 15 minutos no cinema.  Os efeitos especiais, encomendados a um estúdio em Los Angeles, ganharam novo acabamento.