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29 November 2024

Com marcha no Centro da cidade, servidores públicos paralisam atividades nesta terça (02)

Boa parte do funcionalismo público da Bahia vai paralisar suas atividades por 24h durante esta terça-feira (2). Na busca de maior diálogo com o governo, o Sindicato dos Servidores da Fazenda (Sindisefaz), Saúde (Sindsaúde), Judiciário (Sinpojud), Professores (APLB) e dos trabalhadores de educação de terceiro grau (Sintest), farão uma caminhada com concentração ás 9h no Campo Grande, que vai até a Praça Castro Alves.

Reajuste linear tanto para quem está na ativa quanto aos aposentados, pagamento da URV e melhorias no Planserv, são as principais pautas dos manifestantes. De acordo com o diretor de organização do Sindsefaz, Claudio Meirelles, o protesta busca forçar um inicio de negociação.

“Sabemos que o estado vive um momento difícil, mas queremos que o governador nos ouça. Até agora não tivemos nenhuma sinalização sobre nossas pautas. Hoje não há qualquer diálogo com os sindicatos. Que o governo se  sensibilize e converse conosco. Essa é a nossa principal meta”, relata o sindicalista.

Ainda de acordo com Meirelles, toda a categoria teve uma perda salarial acumulada de 25% desde 2013, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo levantamento das entidades envolvidas na manifestação, cerca de 30 mil servidores tem o vencimento básico abaixo do salário mínimo.

Já o coordenador geral da APLB, Rui Oliveira, lembra que a insatisfação dos servidores não é de agora e que outras ações já aconteceram por parte dos servidores. “Desde o início do ano que realizamos atividades para lutar em defesa do funcionalismo público na Bahia e denunciando a qualidade dos serviços públicos. Nos manifestamos na Lavagem do Bonfim, na Mudança do Garcia”, disse. As escolas estaduais não terão aula nesta terça.

Outro grande problema enfrentado pelos servidores é o sistema de folha de pagamento RH Bahia, implementado em janeiro desse ano. “Recebemos os contra-cheques com salários menores, sem gratificações, com cortes na insalubridade, transporte e alimentação, fora o Planserv. São três meses consecutivos de perda”, denuncia a presidente do Sindisaúde, Ivanilda Brito. A presidente informa que os atendimentos de urgência e emergência, além de vacinas e farmácia vão funcionar durante a paralisação. O serviço ambulatorial não terá atendimento.

As reclamações referente ao Planserv tem aumentado bastante desde que foi anunciado um corte de R$ 200 mi, o equivalente a 50 % do orçamento plano de saúde. A demora para conseguir uma consulta já é visto como uma consequência da medida.”Para marcar qualquer consulta está complicado. Colocaram cotas para o atendimento e antes o que a gente conseguia no mesmo mês, agora demoramos um ou dois meses para conseguir”, relata a presidente do Sindisaúde.