Com pouca segurança, suspeitos arremessam facões e outros ilícitos para o Conjunto Penal de Jequié
Foi visto por policiais que estavam realizando a segurança nos muros do Conjunto Penal de Jequié, neste sábado (23), por volta das 18h30, suspeitos na parte de fora dos muros da unidade, arremessando pacotes em direção ao módulo de vivência presídio I.
A voz de parada e rendição foi dada, logo em seguida, foram disparados tiros de advertência para forçá-los a parar, no entanto os indivíduos fugiram.
Estilingue gigante usado para arremessar facões, uísque e celulares há mais de 100 metros de distancia (Foto: ASCOM / CPJ)
Dado alerta geral, Agentes Penitenciários com apoio dos PMs saíram em diligência na parte externa da unidade penal e para encontraram objetos deixados pelos suspeitos. Foi apreendido um estilingue gigante, com cerca de 1m, capaz de arremessar grandes porções de drogas, celulares e facões há mais de 100 metros de distância; 4 facões ;2 facas; 6 litros de uísque; fones de ouvido para celulares; 1 pote de cachaça; e uma corda de 2 metros.
Ilícitos que seriam arremessados para dentro do presídio (Foto: ASCOM / CPJ)
A visível fragilidade do Conjunto Penal de Jequié já foi denunciada pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (SINSPEB). Construído para custodiar pouco mais de 350 internos, a população carcerária atual é pouco mais que 1.080 internos, provenientes de diversas comarcas da Bahia.
Outros fatores aumentam os riscos do presídio. Agentes Penitenciários e policiais militares diminuem a cada ano, e com isso, mais da metade das guaritas de segurança foram desativadas, deixando ainda mais vulnerável a segurança da unidade, que por sua vez, é margeada pelo Rio de Contas e um extenso matagal ao redor do muro, considerado baixo para uma unidade penal desse porte. A Coordenação de segurança e direção já enviou diversos ofícios para o 19° BPM informando as circunstâncias, mas nenhuma atitude foi adotada.