Uma das críticas mais frequentes ao governo de Jair Bolsonaro (PSL) durante os seis primeiros meses de gestão foi a pouca – e falha – interação com o Parlamento. Quando nomeado ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) recebeu a incumbência de articular com parlamentares para garantir a aprovação de projetos do governo. Porém, após experiência marcada por fracassos no Congresso Nacional, o mandatário do país mudou o comando e tirou Onyx da jogada, passando a responsabilidade para o titular da Secretaria de Governo (Segov), general Ramos.
Enquanto líder da articulação entre Executivo e Legislativo, Onyx abriu as portas da Casa Civil 207 vezes para deputados e 33 para senadores. Governadores, prefeitos e vereadores foram recebidos 48 vezes. O democrata deu preferência a legendas aliadas ao presidente e pouco conversou com a oposição ou mesmo com o Centrão – bloco que oscilava entre alinhamento com o governo e críticas pontuais a iniciativas e que muitas vezes decide o destino de iniciativas do Planalto. O Metrópolesutilizou a agenda oficial do ministro para apuração dos dados.