Comparsa de Paulinho Mega é preso na Barra
Bruno Castelar Pinheiro, 38 anos, já havia sido condenado há 23 anos de prisão
A Polícia Civil prendeu um homem suspeito de ajudar o empresário Paulinho Mega em pelo menos duas mortes, uma delas em 2004 e outra em que a vítima até hoje não foi localizada.
Bruno Castelar Pinheiro, 38 anos, tinha mandado expedido pela 9ª Vara Crime e foi preso por investigadores da DT/Brotas, no bairro da Barra. Ele será apresentado na tarde desta quarta-feira (15), em Brotas.
De acordo com a delegada titular Maria Dail de Sá Barreto, Bruno já havia sido condenado a 23 anos de prisão. As vítimas dele eram seus vizinhos de prédio, num modelo idêntico ao crime pelo qual “Paulinho Mega” foi preso, quando residia no Corredor da Vitória.
Paulinho Mega
Paulinho Mega é acusado de sequestrar e matar o advogado Ricardo Andrade Melo, 37 anos. Ele foi preso em setembro do ano passado, em São Paulo.
O corpo do advogado foi encontrado em uma cisterna no bairro de Castelo Branco. Ricardo Andrade Melo, 37 anos, estava desaparecido há quatro meses.
Antes de ser preso, Mega já havia sido condenado a 22 anos de reclusão e indiciado por sequestro e extorsão. Na lista de crimes ainda há prisão por tráfico internacional de drogas e o envolvimento na morte de duas pessoas, um outro vizinho e um amigo de infância.
O advogado Ricardo Andrade Melo saiu de casa no dia 29 de abril em companhia do então amigo e vizinho Paulinho Mega. No dia seguinte, a família recebeu uma mensagem enviada do celular de Ricardo dizendo que deveriam fazer tudo que mandassem para que o advogado retornasse para casa com vida.
No dia seguinte, outra pessoa mandou mensagem de texto para a família com dados de uma conta para que o dinheiro fosse depositado. Este foi o último contato feito com os parentes da vítima, visto que sua família acabou entrando em contato com a polícia após a última mensagem.
Segundo o coordenador do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil, o delegado Cleandro Pimenta, Mega teria se aproximado de Ricardo após uma conversa informal no píer do próprio prédio sobre automóveis e lanchas – duas paixões do advogado.
Para sensibilizar a vítima e tornar o contato ainda mais próximo, Mega teria dito que tinha um câncer terminal. À mãe, Miriam Andrade, Ricardo chegou a comentar sobre a relação com Mega, e disse ter certeza que se tratava de um mentiroso.
O caso foi revelado após uma reportagem da TV Bahia, que mostrou imagens dos dois deixando o prédio onde moravam, no Corredor da Vitória. Na ocasião, a família do advogado chegou a anunciar recompensa de R$ 20 mil a quem pudesse dar informações sobre o seu paradeiro.