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29 September 2024
Foto: Reprodução

Confira lista dos carros que entraram para história do automobilismo no Brasil

Pensando naquele ditado de que “Todo brasileiro é apaixonado por carros”, apresentamos alguns dos veículos que fizeram sucesso no mercado automobilístico nacional, e mesmo depois de tatos anos, continuam sendo desejados pelos saudosistas. Veja a seguir:

 

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O Escort foi o primeiro carro mundial da Ford. Lançado em 1968 na Europa, ele logo se tornou um sucesso de vendas por lá e sempre foi considerado um modelo inovador, tanto em mecânica quanto em design e acabamento.

Em 1983 o carro aportou por aqui, poucos meses depois de sofrer um pequena reestilização lá no mercado do Velho Continente. Ele vinha com 3 versões, duas intermediárias (L e GL) e a luxuosa versão Ghia.

No entanto, a versão que mais causou “frisson” entre os consumidores (principalmente os mais jovens) que até então sonhavam com o Gol GTI foi a famosa XR3. Poucos sabem, mas a sigla significa “Experimental Research 3” ou “Pesquisa Experimental 3” em tradução livre.

O visual diferenciado trazia rodas de liga-leve de 14”, aerofólio traseiro, faróis de milha e de neblina, teto solar, lavadores de faróis, bancos e volantes esportivos. Na época, o garoto propaganda escolhido pela Ford para apresentar o carro era um jovem piloto promissor, ainda pouco conhecido, de nome Ayrton Senna.

Em termos de motor ele andava muito menos do que o GTI. O XR3 tinha um motor 1.6 de 83 cv que alcançava uma máxima de 173 km/h, apesar do velocímetro “otimista” marcar uma máxima de 240 km/h. No entanto, ele era mais espaçoso e mais confortável do que o GTI. Assim como o concorrente, o Escort XR3 logo virou sinônimo de status e sonho de consumo. Porém ,o melhor ainda estava por vir.

Fiat Tempra

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Até a chegada do Tempra, em 1992, a Fiat só era conhecida aqui pelos seus modelos compactos. Mas a montadora italiana queria mostrar que também sabia fazer carros grandes. E a vinda do Tempra para cá foi tão impactante que acabou tornando os competidores diretos (VW Santana e Chevrolet Monza) obsoletos da noite para o dia.

O sedan era dono de um excelente espaço interno, recheado de tecnologia, trazia uma série de novos conceitos e linhas modernas para a época. Inicialmente ele era oferecido com a carroceria de quatro portas e motor 2.0 de 8 válvulas. No entanto, o motor de 99 cv não tinha força para movimentar os 1.250 kg do carro. Então a Fiat trabalhou rápido e logo no primeiro semestre de 1993 era inaugurada a era dos motores de 16v com injeção eletrônica.

Era o sangue novo que o carro precisava para deslanchar. O Tempra passou ter 127 cv e chegava a absurdos 202 km/h de velocidade final. Essa opção de motorização era oferecida apenas na versão mais completa, a Ouro, que ainda contava com bancos de couro, ajuste elétrico para o banco do motorista (item que nem o seu sucessor, o Marea, teve), freio a disco nas quatro rodas e retrovisor fotocrômico.

Sendo assim, o Tempra se tornara o carro mais moderno do país posando até como Safety Car no GP do Brasil de 1993 em Interlagos. Ele contaria mais tarde com uma versão ainda mais poderosa, o Tempra Turbo, que gerava inacreditáveis 165 cv e alcançava 220 km/h de velocidade máxima.

Volksvagen Fusca 

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Difícil deixar de fora dessa lista aquele que foi o carro mais querido do país por tanto tempo e que tanto impacto causou em nosso mercado: o Fusca. Por muitos anos o Fusca foi o automóvel mais fabricado e mais vendido em todo o planeta.

Em 1932 Ferdinand Porsche começou a esboçar alguns rabiscos do seu primeiro protótipo que viria a se chamar VW3. A ideia era chamar o pequenino de “Volkswagen”, ou seja, “carro do povo” em alemão.

Quando chegou ao Brasil em 1951 o país começava a viver a época do “milagre econômico”. O progresso caminhava a passos largos e o modelo alemão participou ativamente deste processo popularizando um bem de consumo que, até então, era privilégio de poucos, atingindo em cheio o objetivo para o qual havia sido projetado.

Não demorou muito para que o pequeno Volkswagen caísse nas graças do povo. Dotado de um simples, eficiente, inovador e robusto motor boxer traseiro refrigerado a ar, ele logo ganhou o apelido que levou por toda sua vida. Como as pessoas tinham muita dificuldade em pronunciar o nome da montadora alemã, resolveram chama-lo de Fusca devido à semelhança fonética com o seu “nome de batismo”.

Em 1972 já haviam sido produzidas mais de 15 milhões de unidades, batendo o recorde que até então era mantido pelo Ford T.

A mecânica simples e barata encantava os motoristas. O consumo era frugal. Suas formas arredondadas destoavam dos modelos quadradões da época e davam a ele um ar de modernidade. Tudo no Fusca era motivo de exaltação.

Ele foi produzido por aqui até 1986 quando já somava mais de 3,3 milhões de unidades vendidas. Durante o governo Itamar Franco a linha de produção foi ressuscitada por conta da implantação da política do carro popular, mas aí já era tarde. A tecnologia evoluiu, novos modelos apareciam e ficava claro que seria difícil demais manter o fusquinha vivo.

Em 1996 ele encerrou suas atividades e deixou para trás uma multidão de fãs que até hoje o idolatra e conserva viva sua memória.

 

Chevrolet Opala

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Assim como os demais membros de nossa lista, o Opala também possui uma verdadeira “horda” de fãs espalhada pelo país. Os “opaleiros”, como são carinhosamente conhecidos, são quase uma seita. E não é difícil de se entender o porquê.

Criado em 1966 pela Chevrolet, o Opala foi o primeiro projeto nacional da marca e até hoje é reconhecido como um dos maiores clássicos da indústria automotiva.

Em 1968 o carro chegou ao Brasil em quatro confortáveis versões, todas com quatro portas, contrariando o gosto reinante da época que era a carroceria de duas portas. A novidade já era comum na Alemanha e foi abarcada pelo Opala com sucesso.

Eram duas versões simples e duas de luxo equipadas com 4 ou 6 cilindros onde viajavam seis pessoas confortavelmente instaladas. Os bancos dianteiros eram inteiriços e o câmbio de 3 marchas ficava na coluna da direção.

Em 1971, depois de mais de um ano escondendo o jogo, a GM lança a versão fastback de 6 cilindros chamada de SS, equipada com o mítico motor 4.1 que mais tarde também foi parar na Silverado e no Ômega. Esse motor foi utilizado pelo Opala desde então até o final de sua produção.

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