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26 November 2024
Foto: Marina Silva/Correio

Corpo de engenheiro morto dentro de apartamento na Barra é sepultado

O sepultamento do engenheiro civil Sérgio de Brito Domingues, 59, morto dentro do apartamento em que morava no bairro da Barra, foi realizado por volta das 10h30 desta terça-feira (15), no Cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.

Sérgio foi morto por volta das 22h, na noite do último domingo (13), na na rua Professor Lemos de Brito, no Edifício Gavazza Residencial, no Morro do Gavazza. De acordo com o major Edmundo Assemany, comandante da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (11ª CIPM/Barra), Sérgio deu acesso ao prédio para o suspeito.

“Vizinhos comentaram que ele tinha acabado de chegar da Parada Gay, mas essa informação ainda não foi confirmada. Não tinha sinais de arrombamento no prédio e nem no apartamento. Moradores contaram que ele recebia constantes visitas de estranhos. Tudo leva a crer que ele conheceu alguém na rua e levou para casa”, disse o comandante da 11ª CIPM/Barra.

Segundo a administradora Tita Imbassahy, sobrinha de Sérgio, o tio teria permanecido parte do domingo com ela organizando documentação de um carro que ela tinha acabado de comprar. “Ele ficou até umas 13h comigo. Depois disso, me deixou em casa e foi para a casa da minha avó, na Ladeira da Barra. Um pouco mais tarde, ele me disse que ia tomar um banho de mar. Ele também falou com outro tio meu, umas 20h, dizendo que estava em casa”, contou.

Ainda segundo Tita, Sérgio teria ido à Parada Gay, mas retornado para casa sozinho. “Quando chegamos na casa dele, os vizinhos nos contaram que ele chegou em casa sozinho. Depois de um tempo, a vizinha que mora no apartamento de cima ouviu um pedido de socorro e desceu para ver o que era. Ela percebeu que o varal da casa dele estava caído e entrou na casa de outra vizinha, que mora em frente ao apartamento dele (Sérgio). Lá dentro elas fizeram ligações para a delegacia. O cara (suspeito) ainda estava no apartamento, porque elas disseram que ouviram ele dizer que ia matar meu tio”, relatou. “Ele era homossexual, mas era muito discreto, muito cuidadoso. Ele não tinha inimizade com ninguém. Acreditamos que quem fez isso foi alguém que sabia que ele tinha algum bem”, analisou Tita.

Quando a polícia chegou, o corpo de Sérgio estava no banheiro, entre o vaso sanitário e o box, de bruços, com a calça abaixada, pernas amarradas e algemas plásticas nos pulsos. No local havia muito sangue e a vítima ainda tinha uma camiseta em volta do pescoço. O apartamento estava revirado.

Fuga

De acordo com testemunhas, o suspeito fugiu em direção ao cruzamento entre a Rua Marquês de Caravelas e a Rua Cezar Zama, onde fica localizada a 14ª Delegacia (Barra). Ainda de acordo com Assemany, o suspeito fugiu tentando levar uma TV e o carro da vítima, um Ford Ka Preto.

“Foi um latrocínio. Ele não conseguiu abrir o portão do prédio para sair. Chegou a forçar saída com o carro, mas não deu certo”, contou.

Segundo um vizinho, o criminoso vestia uma camisa vermelha e fugiu levando uma bolsa. O controle remoto da televisão, o controle do portão eletrônico que dá acesso à garagem e também outros pertences, como uma caixa de perfume e de viagra, ficaram espalhados pela rua e foram recolhidos por um morador para serem entregues à polícia.

O prédio tem duas câmeras de segurança, mas, segundo a assessoria da Polícia Civil, elas estavam danificadas.

Por Correio