Cuidado ao comer na rua! Cachorro-quente é campeão de intoxicação, diz especialista
Os food trucks foram regulamentados em Salvador, mesmo assim, todo cliente precisa ter cuidado ao consumir alimentos durante os festejos de Carnaval, pois a demanda é muito grande e a fiscalização não consegue supervisionar todos os ambulantes, explica o professor de nutrição e mestre em comida de rua Valter Morais. “É necessário que o consumidor contribua com a fiscalização e denuncie problemas”, diz.
A nutricionista Karla Bethânia Santos realizou uma pesquisa sobre a venda de comida de rua no Carnaval do Campo Grande, em 2013. 48,5% dos pontos de venda apresentaram alto risco à saúde, enquanto 39,8% tinham risco médio e 11,7% tinham baixo risco.
Seguido do churrasquinho, o campeão nacional de intoxicação alimentar é o cachorro-quente, por causa da salmonela, de acordo com Morais. “Geralmente, a salsicha do cachorro-quente não leva o tempo necessário de exposição ao calor e não fica bem cozida e ainda tem o risco da maionese, que fica fora de refrigeração”, apontou.
Sobre o “churrasquinho de gato”, o problema está na refrigeração da carne, explica. “Geralmente não são acondicionadas sob refrigeração e normalmente ficam o dia inteiro expostas. E, devido à demanda, muitas vezes essa carne não é bem assada”.
Devido a esses fatores, o consumidor deve observar as condições de higiene dos estabelecimentos e o acondicionamento dos ingredientes. Quem vai comer cachorro-quente deve observar se a salsicha está avermelhada, caso estiver apenas rosada, significa que não foi bem cozida.