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30 November 2024

Defesa do acusado de espancar paisagista apresentou declarações médicas à Justiça tentando alegar problemas mentais

A defesa de Vinicius Batista Serra, de 27 anos — preso por espancar durante quatro horas a paisagista Elaine Peres Caparroz, de 55, num condomínio na Barra da Tijuca no último sábado — apresentou na audiência de custódia, nesta segunda-feira, declarações médicas antigas, datadas de 2016. O juiz Alex Quaresma Ravache, porém, afirmou que os documentos não são “suficientes para atestar a inimputabilidade ou semi-imputabilidade do custodiado”, ou seja, comprovar que o preso tem problemas mentais, e determinou, além da prisão preventiva de Vinicius, que ele passe por uma avaliação psiquiátrica.

O magistrado diz, em sua decisão, que não viu justificativa para internação provisória de Vinicius. O Código de Processo Penal prevê a possibilidade de internação do acusado em caso de crimes praticados com violência ou grave ameaça, se uma perícia comprovar que ele era inimputável ou semi-imputável, ou seja, no momento do crime era “incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”, de acordo com o que determina o Código Penal.

O rosto de Elaine, muito machucaso após as agressões
O rosto de Elaine, muito machucaso após as agressões Foto: Instagram / Reprodução

Paisagista ainda está internada

Elaine permanece internada no Hospital Casa de Portugal, no Rio Comprido, na Zona Norte do Rio. Segundo Rogério Peres, irmão da vítima, ela levou quase 40 pontos dentro da boca. Também sofreu fratura no nariz e nos ossos da órbita (região próxima aos olhos). Elaine passará por uma avaliação nesta segunda-feira com um médico bucomaxilofacial. Ela fez uma tomografia, que não apontou danos neurológicos. Elaine também perdeu um dente.

— Domingo à noite ela estava estável, e os médicos estão acompanhando a evolução do caso. Os traumas em si é que estão muito ruins.

Um boletim médico divulgado na manhã desta segunda-feira informou que Elaine será transferida da UTI para um quarto. Segundo o informe, ela segue em estado estável e permanecerá em observação. Apesar do coordenador da clínica médica do hospital, Hélio Primo, ter afirmado que não há necessidade de cirurgias, já que o tratamento será feito com medicamentos, a família buscou outro médico e decidiu pela operação.

Elaine vai ser operada por um especialista conhecido da família, que já atendeu Elaine outras vezes. A decisão é por motivos estéticos. Rogério Peres, irmão da vítima, explica que serão reconstruídos ossos da face, do nariz e da boca, já que a parte superior da gengiva afundou com os golpes.