Departamento de futebol do Bahia ainda não se consolidou na atual gestão
Éder Ferrari foi demitido ontem do cargo de gerente de futebol, após um ano e meio no Fazendão
Na teoria, planejamento, continuidade e convicção. Na prática, imediatismo, interrupção e mais do mesmo. Desde o início da gestão do presidente Marcelo Sant’Ana, em dezembro de 2014, o departamento de futebol acumula decepções e maus resultados.
Alexandre Faria e Éder Ferrari, que compuseram a primeira equipe do setor, já não estão mais no clube. Este último foi demitido ontem do cargo de gerente de futebol, após um ano e meio no Fazendão.
“Fechei a porta do clube para muitos empresários bandidos, que só faziam surrupiar o Bahia. E isso tem um preço. Criaram uma pressão de fora para dentro, venderam mentiras, boatos infundados e levaram torcedores desinformados a acreditar no que não existia. Mas estou tranquilo. O mal por si só se destrói”, disse Ferrari, no Instagram, justificando o que acredita ter sido um dos motivos da demissão.
A reformulação feita a partir das declarações de Sant’Ana, após a derrota para o Vila Nova, terça, vai de encontro ao que pregou a diretoria executiva no início do mandato e as decisões têm acompanhado a incoerência com o discurso.
Guto Ferreira já é o quarto treinador em 19 meses, o que representa uma média de um técnico a cada cinco meses aproximadamente. Doriva, escolhido para ser o comandante no início deste ano, tinha filosofia de jogo diferente da que era pregada no clube.
O futebol “propositivo”, cobrado pela diretoria e visto apenas durante os 10 meses em que Sérgio Soares era o técnico, deram lugar à ideologia de resultado. Afinal, o Bahia precisa voltar à Série A, de qualquer jeito, a qualquer custo.
“A gente precisa chegar na segunda pausa com as modificações feitas. Sejam modificações envolvendo comissão, staff, jogadores, temos que fazer ajustes. O mais importante é o Bahia subir em novembro. Qualquer sacrifício será feito para dar o resultado que essa torcida merece”, disse, terça, Sant’Ana. E está cumprindo.
Depois da derrota para o Vila Nova em casa, ficaram fora dos planos do clube os jogadores Hayner, João Paulo Penha, Danilo Pires, que já acertou com o Santa Cruz, e Thiago Ribeiro. Este, um dos maiores investimentos do clube na temporada. Além deles e do gerente Éder Ferrari, o preparador físico Reverson Pimentel foi demitido