Dilsinho fala sobre agitada rotina pós-fama: “Não tenho parado em casa”
Considerado um dos grandes representantes dessa nova geração do pagode nacional, o cantor Dilsinho irá marcar presença na grade de atrações do Salvador Fest 2019. Com a apresentação, o músico chega a sua quarta passagem pela capital baiana, somente neste ano. Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, o sambista falou da incrível energia que sente quando se apresenta para o público baiano.
Para completar, Dilsinho comentou sobre o grande momento que vive em sua carreira, a agitada rotina que o sucesso lhe proporcionou, e ainda falou sobre o processo de inspiração que costuma adotar para compor suas músicas românticas. Confira a entrevista com um dos maiores representantes do pagode atual e que será mais uma das grandes atrações do evento que promete parar Salvador neste domingo, 15, no Parque de Exposições:
Você, juntamente com o Ferrugem, Mumuzinho, são as referências dessa nova safra do pagode que surgiu no Brasil. Como é, para você, ter esse reconhecimento no gênero musical?
Pra mim é muito gratificante saber que a minha arte é referência para muitas pessoas. É indescritível a sensação de chegar em um lugar e receber tanto carinho, ver todo o público cantando junto com você, se identificando, se emocionando com suas músicas. Sou muito realizado.
Durante sua trajetória você já cantou com diversos nomes consagrados do samba, como Péricles e Sorriso Maroto. Tem algum artista do meio musical, de um modo geral, que você ainda tem o desejo de tocar?
Sim, já tive a honra de dividir o palco com esses grandes nomes do samba nacional. Inclusive o Bruno, vocalista do Sorriso Maroto, é meu produtor musical, o que pra mim é uma felicidade sem tamanho. Existem muitos artistas que sou fã e gostaria de ter a oportunidade de cantar junto um dia, difícil escolher um só.
No seu último trabalho, intitulado “Terra do Nunca”, você gravou com grandes nomes como Ivete, Luan, Léo Santana e Kevinho. Acredita que essa mescla seja importante, no mercado atual, para a manutenção do pagode?
Ter a presença desses artistas no meu primeiro DVD foi bom demais. Artistas que sou fã, admito demais o trabalho e toda a trajetória deles. E essas misturas de ritmo que a música nos proporciona so servem para engrandecer nossa arte, deixa tudo mais rico de qualidade, de emoção.
Nesse ano, já é a quarta vez que você desembarca para cantar em Salvador. Para você, existe algo em especial na energia baiana diferente dos demais?
O povo baiano tem uma energia única. Sempre que tenho a oportunidade de cantar por aqui, eu venho na hora. Parece que consigo recarregar minhas energias, sabe? Inexplicável. Bahia, eu te amo.
Pelo fato de estar em alta no cenário musical, acredito que sua vida deve estar uma loucura com os shows e as viagens. Como costuma fazer para administrar a carreira de modo que não interfira tanto na sua vida pessoal?
Não tenho parado em casa, o que por um lado é muito bom, sinal que estou trabalhando bastante. Vira e mexe dou um pulo lá, pra curtir um pouquinho e me preparar pra estrada de novo. Minha esposa as vezes me acompanha também, o que é muito bom, pois consigo matar um pouco da saudade. E assim a gente vai se virando (risos).
Você já contou algumas vezes que começou sua carreira cantando em bares e nos churrascos de família. Em que momento você percebeu que a fama havia chegado nessa crescente de sua carreira?
Minha carreira é baseada em trabalho, e nunca fui de me deslumbrar muito com as coisas. Eu sou um cara muito simples e quando eu comecei a ver que eu não conseguia mais fazer as mesmas coisas e ir em lugares que eu frequentava rotineiramente, foi quando percebi que as coisas estavam mudando na minha vida. Hoje a gente trabalha 90% e descansa os outros 10%, mas sou muito grato por tudo isso que eu vivo. E se for pra pontuar, acho que depois do meu DVD “Terra do Nunca” as coisas mudaram bastante, comecei a ser mencionado como artista do ano, ter minhas músicas entre as mais tocadas, foi um ano abençoado.
Em suas composições, você costuma abordar quase sempre assuntos voltados a temáticas de relacionamento, como: paixões, traição (tanto ser, quanto praticar), vingança e muitas outras. Você chegou a viver esses tipos de experiência para escrever as canções?
Algumas histórias eu vivi, outras amigos ou conhecidos, e todas servem de inspiração para composições, até mesmo histórias que não aconteceram.
Alguns dos artistas que tocarão no Salvador Fest, já realizaram parcerias com você nas canções. Existe a possibilidade de haver uma participação especial durante o seu show ou, até mesmo, você participar de algum desses shows também?
Se rolar, ficaria muito feliz. Sempre um prazer reencontrar os amigos, ainda mais em cima do palco.
Por fim, mande um recado para o público baiano que irá te prestigiar nesse grande evento que será o Salvador Fest 2019.
Fala galera de Salvador, espero todos vocês pra curtirem juntinho comigo o Salvador Fest, hein? Nos vemos lá.