Dor no testículo pode sugerir quadro de ‘Escroto Agudo’
Uma pergunta comum nos consultórios de urologia é se a exposição do escroto (que compõe o aparelho reprodutor masculino), por tempo prolongado, a algum tipo de pressão, como ocorre, por exemplo, durante a prática de ciclismo, pode causar danos ao órgão sexual. Apesar de não ser regra, algumas pessoas apresentam dores decorrentes de traumas nessa região. Mas, é importante frisar que a condição pode ter relação com outras alterações, classificadas como urgências urológicas, as quais pedem atendimento médico emergencial, explica o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo.
Alteração denominada ‘ Escroto Agudo’, ela pode ocorrer em diversas circunstâncias, ligadas ou não a certas patologias características da população masculina. Mas também pode tratar-se de dor temporária. Ambas as condições merecem atenção e uma avaliação mais aprofundada de um especialista, pois casos extremos geram sequelas irreversíveis e até a infertilidade quando não tratados adequadamente.
Figliuolo destaca que para entender melhor o problema, é preciso conhecer parte da anatomia do órgão sexual masculino. Ele explica que o escroto é a bolsa onde estão contidos os testículos, gônadas que constituem o sistema reprodutor masculino e que são responsáveis pela produção dos espermatozoides.
As principais causas do ‘Escroto Agudo’ são: trauma físico, calças ou roupas íntimas muito apertadas, corrida, ciclismo, redução do fluxo de sangue para os testículos em função da excitação sexual prolongada, entre outros.
“O escroto agudo pode ocorrer em qualquer idade, embora seja mais comum em homens jovens. O diagnóstico é feito através de avaliação clínica ou exames complementares de imagem, dependendo do caso”, explica o especialista.
Quando o problema não tem relação direta com traumas na região, pode estar relacionado a patologias como Epididimite (inflamação do epidídimo), hérnias (inclusive, inguinais), torção testicular, varicocele (varizes nos testículos), entre outros. Os tratamentos, segundo e especialista, podem incluir o uso de medicamentos e cirurgias (neste último caso, para a drenagem de sangue ou fixação dos testículos na bolsa escrotal, em casos de maior gravidade – orquidopexia bilateral).