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26 November 2024

É um monstro’, diz pai de Lázaro Barbosa

Em entrevista exclusiva ao Correio, o pai de Lázaro Barbosa Sousa, 32 anos, o aposentado Edenaldo Barbosa Magalhães, 57, abriu o jogo sobre como tem passado a última semana, desde a chacina em Ceilândia, onde quatro pessoas da mesma família foram brutalmente assassinadas por Lázaro.

O homem, que é casado há quase duas décadas com a mesma mulher, é pai de outros três filhos: de 16, 13 e 1 ano. Ele leva uma vida simples no município goiano de Girassol (GO) e é aposentado por invalidez, após um acidente cardiovascular (AVC) e dois infartos.
Edenaldo contou que se casou com a mãe de Lázaro, Eva Maria Sousa, quando tinha apenas 17 anos, no município de Barra do Mendes (BA). O relacionamento dos dois foi conturbado, marcado por brigas, agressões e acusações de traição de ambas as partes. Quando o casal se separou, Lázaro Barbosa e o irmão mais novo, Deusdete, ainda eram crianças.

O irmão mais novo de Lázaro morreu há cinco anos durante um acerto de contas em Goiás. Ele também teria se envolvido em roubos e homicídios. Morando no Entorno do Distrito Federal há mais de 20 anos, o aposentado só reencontrou o filho há seis anos, durante uma visita. “Só me visitou e foi embora. Foi quando ele teve uma fuga aí. E eu com o coração na mão, doente. Só não morri ainda porque acho que Deus não quis”, disse o homem, que se declara evangélico. ” O demônio se apoderou dele”, acredita.

Ele chama o filho de monstro e diz ter vergonha da repercussão dos fatos. “Esse monstro, eu registrei, mas quando as pessoas falam ‘o seu filho’, aquilo me estremece todo. Não dá vontade nem de ficar mais na Terra. Eu estou arrasado. Se eu vê-lo por aí, eu nem conheço mais”, lamenta.
Sobre a chacina de Ceilândia, onde quatro pessoas foram brutalmente assassinadas por Lázaro, o aposentado se diz arrasado e chocado com a violência do próprio filho. “O que mais me dói é o desespero que aquela família sentiu e o que ele fez com aquela pobre mulher. Isso não é gente. Isso é um monstro da pior espécie”, disse.
Na vizinhança, o aposentado é descrito como um homem calmo, discreto e religioso. Agora, ele clama por justiça. “Eu não quero ele solto jamais.

Polícia Civil/Divulgação

Correio Brazilience