Em nota, PT critica prisão de manifestantes no Rio: 'grave violação dos direitos'
Em nota divulgada nesta quinta-feira (17), o PT protestou contra a prisão de ativistas no Rio de Janeiro, que classificou como “uma grave violação dos direitos e das liberdades democráticas”. Segundo informações do jornal O Globo, o documento é assinado pelo presidente da legenda, Rui Falcão, pelo secretário de Movimentos Populares, Bruno Elias, e pelo coordenador do Setorial de Direitos Humanos do partido, Rodrigo Mondego. Acusados de formação de quadrilha armada, cinco manifestantes dos dezenove que estavam custodiados desde o último dia 12 continuam presos: Elisa Quadros, conhecida como Sininho, Tiago Teixeira Neves da Rocha, Eduarda Oliveira Castro de Souza, Camila Aparecida Jourdan e Igor D’Icarahy. Também petista, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu a prisão com base no que lhe foi informado pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, que dão conta de que os ativistas foram detidos após sete meses de investigação. “Era um conjunto de pessoas que organizava atos ilícitos, fazendo referência a bombas no metrô do Rio de Janeiro. Me disse o secretário que as provas são consistentes”, disse Cardozo. Segundo a polícia, há escutas telefônicas que comprovariam a compra de fogos de artifício por Elisa e foram encontradas bomba de grande poder letal, pólvora e gasolina para fazer coquetel molotov na casa de Camila Jourdan, que é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Uerj, e Igor D’Icarahy. As doze pessoas libertadas nesta quinta (17) por meio de habeas corpus serão incluídas em um processo e em um pedido de prisão preventiva de 26 pessoas citadas no inquérito sobre os atos de vandalismo em protestos no Rio, segundo o delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).