Empresários acusados de queimar mãos de funcionários são indiciados em Salvador
Os empresários suspeitos de queimar as mãos de dois funcionários em uma loja, na região da Lapa, em de Salvador, foram acusados por tortura. O inquérito foi concluído e enviado para o Ministério Público da Bahia (MP-BA), na última quinta-feira (29), de acordo com o delegado Willian Acham, responsável por investigar o caso.
O laudo pericial da Polícia Civil confirmou que as vítimas, identificadas como William de Jesus, de 21 anos, e Marcos Eduardo, sofreram tortura dos patrões. Os acusados, identificados como o empresário Alexandre Carvalho e do gerente Diógenes Carvalho, utilizaram ferro quente para queimar um dos trabalhadores com o número 171, por conta de um suposto furto de R$ 30, que foi negado pelo jovem.
As vítimas contaram que foram agredidos dentro da loja onde trabalhavam após caírem em uma emboscada. “Brincaram comigo como se eu fosse um objeto. Acho que foi uma hora ou 40 minutos [de agressões], não sei, era muito doloroso para mim contar o tempo. Passei por muita dor e muito sofrimento. Eu pedi a todo instante para ele parar, pedia a todo momento pela minha vida e ele só me agredia. Quando ele queimou, no olhar dele, ele estava feliz”, contou Willian ao portal G1.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Relembre o caso
Dois funcionários de uma loja que fica na Lapa, em Salvador, acusam o dono do estabelecimento de cometer uma sessao de tortura contra eles, incluindo queimaduras com ferro quente. As vítimas contam que o homem, de prenome Alexandre, alegou falsamente que eles estariam roubando, para realizar as agressões, como bolo nas mãos e pauladas na cabeça. Os rapazes registraram Boletim de Ocorrência e a Polícia Civil já investiga o caso, mas o suspeito deixou o estabelecimento e não foi mais visto. A loja de vendas fornece materiais como máscaras e camisas de times, para eles trabalharem como ambulantes na rua com um guia.
Uma das vítimas, Willian relatou em entrevista à Record TV Itapoan que recebeu uma ligação do gerente, conhecido como George, que também realizou as agressões. O rapaz estranhou o fato de ter sido chamado para a loja em vez de continuar na rua. “Quando Alexandre chegou, foi logo fechando a porta da sala e me dando uma primeira cacetada, que meu braço virou e eu achei que estava quebrado. Aí ele começou dizendo que eu estava roubando ele há muito tempo e disse: ‘chegou o dia e você vai me pagar'”,