ENVENENOU BOLO: Mulher que matou familiares do marido encontrada sem vida após anúncio de divórcio
Deise Moura dos Anjos, principal suspeita de envenenar um bolo que resultou na morte de três pessoas da mesma família no Rio Grande do Sul, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13/02) na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. A polícia suspeita de suicídio por asfixia mecânica.
Deise estava presa temporariamente desde 5 de janeiro, sob acusação de triplo homicídio qualificado e três tentativas de homicídio. Ela era investigada por supostamente envenenar com arsênio a farinha utilizada em um bolo consumido por membros da família do marido durante uma confraternização em Torres, no Litoral Norte do estado, em dezembro de 2024. Além disso, a polícia apurava seu possível envolvimento na morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, ocorrida em setembro do mesmo ano, também por envenenamento.
De acordo com a Polícia Penal, Deise foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal na penitenciária. Os agentes penitenciários prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou o óbito. Ela estava sozinha na cela e teria deixado um recado escrito, descrito pelo chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, como um “desabafo”, no qual se declarava inocente e mencionava estar em sofrimento e depressão.
A administração do presídio havia sido alertada sobre o risco de suicídio de Deise. Um advogado da família do marido da suspeita informou à direção da penitenciária que o esposo de Deise havia decidido formalizar o divórcio, o que teria causado alterações no comportamento dela. A Polícia Penal informou que Deise recebeu três atendimentos psicológicos e dois com a equipe de saúde durante sua estadia na penitenciária.
Mesmo após a morte de Deise, a Polícia Civil pretende concluir o inquérito e indiciá-la pelos crimes investigados. O delegado Marcus Vinícius Veloso, responsável pelo caso, afirmou que o relatório final do inquérito já estava em fase de conclusão e que as provas contra a suspeita são contundentes.
As circunstâncias da morte de Deise serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).