Especialistas apontam benefícios na criação de animais domésticos para o bem-estar da família
Criar um bichinho de estimação em casa não é um trabalho fácil e exige alguns cuidados, porém os benefícios compensam. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada no mês de junho de 2015 apontam novos dados sobre animais de estimação nos lares do país. 44,3% dos domicílios do país possuem pelo menos um cachorro os dados se referem a 2013.
O IBGE estimou a população de cachorros em domicílios brasileiros em 52,2 milhões, o que dá uma média de 1,8 cachorro por domicílio que tem pelo menos um cão. A preferência por gatos tem crescido muito, pois muitos tutores preferem os felinos pelo fato de ser um animal independente. Os benefícios dos animais na vida dos seres humanos existem desde da criação do mundo, os animais são parceiros e amigos de biosfera.
Em entrevista, o professor e médico veterinário Dr. Daniel de Albuquerque Xavier. Formado há 38 anos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), informou que um animalzinho não é brinquedo, e sim uma vida. Donos de cães e gatos vão menos ao médico, e tomam menos remédios em comparação aos que não criam e dizem não gostar de animais, garantem os pesquisadores da Inglaterra. “Donos de animais tomam menos remédios, segundo um estudo australiano. Quando ficam doentes, os donos de cães ainda saem do hospital, em média, dois dias antes que os demais”, disse.
“Os benefícios de criar um animal em nossa vida são extensos, por exemplo o cavalo, a humanidade cavalgou nas costas do cavalo por anos, se não fosse esse animal o que seria da humanidade? Se não fosse o cão como seria a humanidade? Os cães ajudaram os seres humanos na pré-história e ajuda até hoje de diversas maneiras”. Segundo Dr. Daniel, os animais mais importantes para o bem-estar da família na recuperação de doenças e prevenir depressões são: cavalos, cães e os gatos.
Segundo o veterinário a presença de um mascote em casa deixa as tarefas do dia a dia muito mais agradáveis, aliviando a pressão cotidiana. Essa interação libera endorfina, dopamina e outros hormônios que reduzem a ansiedade, além de relaxar o corpo.
Em entrevista, o especialista em cefaleias, neurologista e psicólogo Dr. Vinícius Scherner informou que os animais no ambiente doméstico são o ponto de união entre a família e a alegria. Psicólogos e terapeutas aconselham as famílias com doenças crônicas e doenças psicológicas a adotarem um animal que seja dócil, “os animais vem ajudando na educação de crianças, pois, pedagogicamente falando, sabe-se que crianças criadas com animais são adultos melhores”, disse.
Ainda de acordo com D. Vinícius, famílias que criam animais tem noção de respeito a vida, uma melhor noção de humanidade, tolerância e consciência humana, o que tem faltado no dia a dia de cada ser humano, por conta das tarefas sucessivas no cotidiano. Muitos esquecem do amor, respeito e gratidão com o animal.
Sobre doenças da mente
Diversos estudos, psicólogos e terapeutas aconselham a pacientes a conviver com animais de estimação, especialmente cães, com o risco reduzido de doenças cardíacas e maior longevidade. “Donos de cães são menos propensos a sofrer de depressão do que aqueles sem animais de estimação”.
Pessoas com cães têm menor pressão arterial em situações estressantes do que aquelas sem animais de estimação. De acordo com Dr. Vinicius um estudo descobriu que, mesmo quando as pessoas com hipertensão leve adotaram cães de um abrigo, a pressão arterial diminuiu significativamente em apenas cinco meses.
Os cães são excelente companhia, evita o isolamento de pessoas com idade entre 65 e 78 anos, afastando a depressão, segundo um estudo na Inglaterra. E os benefícios não param por aí: os idosos donos de cães e gatos também se tornam mais ativos e sociáveis, sentindo-se mais úteis.
Crianças com doenças mentais “crianças confinadas em apartamento, que já não faz bem, as vezes não tem uma companhia, um irmão, nesse sentido, os animais são uteis”, disse.
Em entrevista, a empresária Fernanda Rocha, mãe de 2 filhos, que adotou um cão recentemente, informou que a companhia do bichinho tem sido maravilhosa. Bobinho, como é carinhosamente chamado, foi adotado com 8 meses. Fernanda ressalta que ter adotado Bob está sendo uma troca de experiências, o comportamento dos filhos mudou.
“Hoje tem o compromisso de levar o Bobinho para passear fazer as necessidades. Antes eu tinha uma resistência em ter um animal em casa, depois de Bob tudo mudou, é muito bom, meu filho de 7 anos está mais doce e responsável, fora a harmonia, paz, alegria e integração da família, toda a família brinca muito com Bob”, concluiu.
Mara Silvany- Click Notícias