“Espero que não retrocedamos com a mordaça aos professores”, diz Suíca ao criticar projeto de Alexandre Aleluia
Vereador defende que proposta engessa pluralismo e pensamento crítico dos alunos
O primeiro projeto de lei apresentado na 18ª Legislatura da Câmara Municipal de Salvador foi o Escola Sem Partido, de autoria do vereador Alexandre Aleluia (DEM). Após a oficialização da proposta, já começou a causar polêmica. O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) foi incisivo ao criticar o projeto de lei.
Para o legislador, a escola é o local propício para a formação dos jovens e é fundamental para o desenvolvimento do senso crítico.
“Todos os jovens têm o direito de se apropriarem da cultura e a lerem o mundo de forma crítica. A educação escolar é uma atribuição do Estado brasileiro. Como o estudante negro de Salvador poderá conhecer sua história sem entender criticamente a escravidão e a história das lutas baianas como a que levou à Independência do Brasil? Além de não assumir sua mensagem conservadora, camuflada em suposto pluralismo, o projeto Escola Sem Partido quer evitar um pensamento crítico e quer uma escola medíocre, engessada, para formar robôs”, criticou Suíca.
O projeto Escola Sem Partido agora tramita na Câmara e deve fomentar muito o debate no retorno aos trabalhos do Legislativo. “Já temos muitos problemas e dificuldades em relação ao ensino. Espero que não retrocedamos com a mordaça aos professores nas nossas escolas”, finalizou Suíca.