Estudante agredida na Paulista volta para protestar e diz ter medo do futuro
A estudante Isadora Schutte, 18, que foi agredida no protesto de quarta-feira (16) contra a presidente Dilma Rousseff, na avenida Paulista, em São Paulo, voltou nesta sexta-feira (18) ao local para defender a presidente.
“Vim porque sou a favor da democracia, não acho que a Dilma tenha que cair e tenho medo do que pode acontecer se nós não sairmos às ruas.”
Isadora participou nesta sexta do ato pró-Dilma ao lado dos pais. Ela foi agredida por manifestantes na quarta (16) quando seguia pela ciclovia da Paulista ao lado do companheiro, sobre uma bicicleta da cor vermelha, em meio à manifestação. Os dois foram agredidos e xingados, e a bicicleta vermelha, danificada e “acusada” de comunismo.
Isadora comentou e compartilhou o vídeo da agressão em postagem no Facebook: “Eu fico triste pela situação que temos hoje no Brasil em que eu não sei quem é mais doente, o governo, a oposição, ou a população. Fico triste pela ignorância das pessoas, pelo desconhecimento político das pessoas, pelos discursos falidos de quem nem sabe o que está fazendo ali, sinto muito pela ingenuidade deles em acreditar que uma pessoa é responsável por todo um sistema de corrupção que existe há anos, sinto muito pela intolerância, pelo ódio que nos divide, sinto muito em ver que essas manifestações da direita são mais uma festinha pra postar foto no instagram do que realmente a defesa de uma ideologia ou causa.”