Estudo confirma ligação entre os casos de zika e microcefalia ao feto
O vírus zika ataca e destrói as células cerebrais humanas em desenvolvimento no feto, revela um estudo publicado nesta sexta-feira com base em observações em laboratório. O estudo do Instituto de Engenharia Celular da Universidade Johns Hopkins é a primeira prova experimental de um vínculo biológico entre o vírus transmitido por um mosquito e o drástico aumento de casos de microcefalia, uma severa má-formação do cérebro e do crânio em recém-nascidos.
Nas experiências em laboratório, os cientistas expuseram três tipos de células humanas ao zika vírus. O primeiro, conhecido como células progenitoras neuronais humanas (hNPCs), é crucial para o desenvolvimento do córtex, ou camada superficial do cérebro, no feto. O dano nestas células, que em seguida se desenvolvem como neurônios maduros, parece coerente com os transtornos causados pela microcefalia.
Vulneráveis – “Nossos resultados demonstram claramente que em testes de laboratório o vírus zika pode infectar diretamente e com grande eficácia as hNPCs”, conclui o estudo. “É muito significativo que as células que formam o córtex sejam potencialmente vulneráveis ao vírus”, agrega Ming.
Os resultados, publicados na revista Cell Stem Cell, podem ajudar a identificar medicamentos capazes de proteger essas células vulneráveis ou reduzir as infecções, uma vez que sejam produzidas.
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