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23 November 2024
Foto Reprodução R7

“Eu não estou vivendo, estou vegetando”, diz mãe de autista que se agride diariamente

Sem condições financeiras, Maria Cristina, moradora do bairro de São Caetano, em Salvador, vive um drama há 14 anos, o filho dele é portador de autismo, e diariamente agride o próprio corpo. O adolescente precisa de tratamento médico com regularidade.

O diagnóstico foi feito aos três anos de idade e o sofrimento da família só tem aumentou: o adolescente já perdeu a fala e usa um capacete que o impede de machucar a cabeça durante as crises. O acessório foi dado pelo tio após vê-lo batendo a cabeça por diversas vezes contra a parede

Os médicos, também, recomendaram o uso de talas nos braços para  impedi-lo de movimentar os membros superiores e evitar que o jovem faça algo contra si mesmo

A tia do adolescente diz que ajuda como pode, mas que é muito sofrimento vê-lo se agredir.  ‘’Teve uma noite que eu passei chorando. Fiquei a noite toda segurando os braços dele, porque ele se bate muito e a gente fica com pena de ver ele se maltratando’’, relata.

Durante uma dessas crises, o jovem chegou a bater a cabeça várias vezes quebrando os vidros da janela. Apesar da agressividade, os familiares afirmam que o menino é muito amado e que não é violento com as pessoas.

Dona Maria recebe o  benefício de um salário mínimo, referente à aposentadoria do jovem, no entanto, o valor não dá para custear os gastos com remédios, fraldas e consultas médicas periódicas. —Eu já entrei em depressão devido a esse problema.  Eu peço encarecidamente às autoridades que me ajudem que tenham misericórdia de mim e do meu filho.  Eu não estou vivendo, eu estou vegetando nesse mundo.

Por Click Notícias