“Eu nunca bati naquela moto”, diz médica em interrogatório
A médica oftalmologista Kátia Vargas começou a ser ouvida na manhã desta quarta-feira (6/12), segundo dia do seu julgamento. A acusada, por orientação dos seus advogados, não respondeu aos questionamentos da acusação.
A ré disse que, mesmo após quatro anos, não lembra o aconteceu naquele dia, mas contestou que não cometeu o crime. “Eu nunca bati naquela moto. Eu não trisquei naquela moto”, afirmou Kátia Vargas.
O advogado de defesa informou que, segundo prontuário médico, Kátia Vargas fez uso de sete medicamentos no Hospital Penitenciário, incluindo tranquilizantes e remédios para cuidar de transtornos de humor. “Depois do acidente, desenvolvi síndrome do pânico, tomo três antidepressivos, tenho medo de sair às ruas”, disse.
Finalizando o interrogatório, a defesa pediu que ela respondesse uma das perguntas feitas pelo promotor Davi Gallo. Ele quis saber porque ela queria pedir desculpas à mãe das vítimas, segundo publicação de um jornal, se ela não tocou na moto. “Porque, por maior que seja a minha dor e o meu sentimento, a dor dela é insuperável!”, retrucou.