Fábio Mota está animado com possível mudança do governo para que o BRT saia do papel
Durante entrevista coletiva no Palácio Tomé de Sousa, na manhã desta quarta-feira (20), o prefeito de Salvador, ACM Neto, diz não criar muitas expectativas quando o tema é liberação do recurso federal para implantação do Bus Rapid Transit (BRT) – em tradução livre Trânsito Rápido de Ônibus – em Salvador nesse ano.
Para Neto o Governo Federal nesse momento procura salvar o mandato da presidente Dilma Rousseff que corre o risco de ser afastada do cargo nas próximas semanas, caso o Senado aceite o processo de impeachment contra ela apresentado pelo Congresso.
“Temos um calendário eleitoral que talvez impeça, por exemplo, mesmo que seja a vontade do governo a assinatura de determinados convênios ou contratos. O Prazo limite é o mês junho e já estou no final de abril pode não haver tempo hábil”, explicou.
O custo inicial estimado da obra é de R$ 820 milhões, a obra previa R$ 300 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC da Mobilidade), do governo federal, outros R$ 520 milhões de empréstimos da Caixa Econômica Federal e mais R$ 350 milhões de contrapartida dos cofres soteropolitanos.
De acordo com o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fábio Mota, o BRT está fazendo falta na vida, não apenas dos soteropolitanos, mas também de quem visita à cidade.
“Estamos com o projeto e a licitação na geladeira por falta do recurso federal. Salvador é a terceira maior capital do país, um sistema de transporte de massa como o BRT faz muita falta dificultando o dia a dia da população. O recurso da prefeitura está disponível, mas o governo federal não libera o que lhe compete”, ressalta.
Neto e Fábio estão esperançosos com um possível governo de Michel Temer sobre destinação de verbas para Salvador. “Caso o Temer assuma a presidência do país, a única coisa que irei pedir é que ele olhe por Salvador. Para isso, estive reunido com lideranças do meu partido para votar a favor no impeachment, não apenas por Salvador, mas sim para todo o Brasil”, concluiu Neto.
“Com esse novo governo e o apoio de Geddel, acredito que não apenas o BRT saia do papel mais sim outros projetos. Antes, o metrô atenderia a população de Cajazeiras, mas hoje, não, e com o BRT vamos contemplar o bairro, entretanto, espero que o metrô chegue antes”, finalizou o secretário de mobilidade urbana, Fábio Mota.