m faxineiro identificado como Rodrigo de Souza, de 35 anos, foi agredido a socos por um morador do edifício que trabalhava, na cidade de Niterói, no município do Rio de Janeiro. A motivação do desentendimento, conforme apurado pelo G1, aconteceu após o funcionário informar ao filho do comerciante Paulo Afonso, que o banheiro do playground estava fechado.
O agressor, no entanto, informou que nunca houve proibição do uso do banheiro e que foi xingado e ofendido pelo faxineiro. A situação aconteceu no dia 09 de maio, mas só veio à tona na última semana.
Uma câmera de segurança flagrou toda a briga e nas imagens é possível ver que o faxineiro não reage, apenas levanta as mãos para evitar ser golpeado no rosto.
O trabalhador disse que tudo começou no dia 01 de maio, quando ele avisou ao filho do morador que o banheiro do playground estava fechado e que só iria funcionar para eventos ou reuniões. “Já o da garagem estava aberto o tempo todo e poderia ser usado. Foi só isso que eu disse para o filho dele, nada mais. O rapaz entendeu, mas por algum motivo o pai ficou irritado e passou a me destratar e ofender a partir daquele mesmo dia”.
Poucos dias depois, de acordo com Rodrigo, o condomínio o demitiu sem explicações faltando apenas uma semana para completar um ano de trabalho no prédio. “Fui agredido e ainda acabei sem meu emprego”, disse.
O caso foi registrado na 76ª DP (Niterói). Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, um inquérito foi instaurado para apurar o fato. Testemunhas serão ouvidas e as diligências estão sendo feitas, com a investigação está em andamento.
Paulo disse à reportagem que “começou a ter problemas no prédio como o controle remoto da entrada da garagem, sumir”. “Com o tempo, ele ficou cada vez mais agressivo comigo, não sei por quê. Chegou a xingar a mim e a minha mãe, que tem uma série de problemas de saúde”, disse o comerciante Paulo Afonso, morador que desferiu os golpes em Rodrigo.
“Essa versão que ele contou para o meu filho, de que não poderia usar o banheiro do play, não é verdadeira. Nunca houve essa proibição. Naquela noite, eu estava entrando no elevador quando ele voltou a me xingar e a me ofender. Depois, começou a me chamar para a briga. Com tudo aquilo acumulado dentro de mim, eu tive uma reação de momento e explodi. Moro no prédio há 40 anos, nunca briguei com ninguém. Mas ali eu não consegui me conter”.
Em nota, a JPS Administração de Condomínios e Contabilidade disse que “o contrato de prestação de serviço entre o condomínio e a JPS é para contabilização e emissão de boletos, portanto, não temos gerência alguma sobre os funcionários de nossos clientes. De toda forma, informamos que a dispensa do funcionário em questão foi solicitada pela gestão interna por motivos alheios ao caso em tela. O fato narrado, ocorrido entre o funcionário e um condômino, está sendo resolvido na esfera judicial, para que tudo seja esclarecido da melhor forma”.
Fonte: Bnews