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28 November 2024
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Geddel fazia parte de uma verdadeira organização criminosa, diz MPF

Em seu pedido de busca e apreensão à 10ª Vara Federal de Brasília, o Ministério Público Federal afirma que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) fazia parte “de uma verdadeira organização criminosa”.
 
A PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis de Geddel, nesta sexta-feira (13), em Salvador. Agentes estiveram, de manhã, no edifício Pedra do Valle, no Jardim Apipema, e em uma casa, no bairro Interlagos. Eles já deixaram os imóveis. Os mandados foram cumpridos por ordem do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira.Geddel, que foi ministro nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Michel Temer, é suspeito de participar de uma esquema de fraude na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal para empresas entre 2011 e 2013, período em que foi vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco, em troca de “vantagens ilícitas”.
 
“A fundamentação apresentada pela autoridade policial é bastante consistente, sendo os fatos narrados na representação indicativos de que os investigados Geddel Quadro Vieira Lima, Marcos Roberto Vasconcelos, José Henrique Marques da Cruz, e Marcos Antonio Molina dos Santos faziam parte de uma verdadeira organização criminosa”, afirma no documento o procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. Em nota, a Caixa diz “que o banco está em contato permanente com as autoridades, prestando irrestrita colaboração com as investigações, procedimento que continuará sendo adotado pela Caixa”.
 
Geddel foi nomeado para o cargo de vice-presidente da Caixa Econômica Federal pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2011, primeiro ano de seu mandato inicial no Planalto. Ele ficou no cargo por dois anos até que, em 2013, comunicou que sairia porque iria apoiar uma candidatura contrária à do então governador baiano Jaques Wagner (PT).Considerado um dos principais aliados de Michel Temer, Geddel chegou a ser ministro no atual governo, mas deixou o cargo em novembro após o ex-ministro da Cultura acusá-lo de tê-lo pressionado a rever uma decisão que impede a construção de um empreendimento imobiliário onde o então ministro da Secretaria de Governo adquiriu apartamento, em Salvador.