Data de Hoje
20 September 2024
Foto montagem Click Noticias

Geddel x Rui Costa: peemedebista é nome forte para derrotar o PT no estado em 2018

Um dos homens fortes do governo do presidente interino Michel Temer, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, o peemedebista Geddel Vieira Lima, um dos principais articuladores do rompimento do seu partido com o governo da presidente Dilma (PT), que é também membro do diretório e da Executiva nacional da legenda e ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula, é sem dúvida um nome a ser considerado no jogo político na disputa eleitoral ao governo do Estado em 2018, para o desespero dos petistas, principalmente do governador Rui Costa. As eleições vão acontecer somente em outubro de 2018, mas a disputa entre Geddel e Rui Costa à sucessão estadual já começou e começa a ganhar força nas redes sociais.

Apesar dos nomes ainda não estarem definidos, os possíveis candidatos já pensam nas estratégias que vão utilizar nas redes sociais para alcançar, conquistar e se aproximar de maneira eficaz dos possíveis eleitores. Geddel é um dos pioneiros, entre os políticos da Bahia, a relacionar-se com os baianos por meio da internet. É também um dos poucos políticos a utilizar, pessoalmente, as redes sociais, para conversar com as pessoas sobre os principais problemas do Estado. Atualmente, ele tem perfis no Facebook (facebook.com/geddel.vieiralima) e no Twiter (@geddel_), canais que facilitam a troca de ideias entre seus usuários. “Estou disposto a interagir, como temos feito nas redes sociais, com a população baiana, no mesmo compromisso de discutir propostas”, disse. Geddel se autodefiniu na edição da Folha de São Paulo do dia 20 de maio como alguém “que tem posição”. “Gosto de polêmica. Não gosto é de agressões. Eu sou do jeito que eu sou. Eu me defino como uma pessoa afirmativa. Não enrolo nem engano. Quando você diz ‘não’, também é uma solução”, disse o ministro. Até poucos dias atrás, Geddel soltou o verbo quando provocado em uma rede social.

Geddel foi convidado em 2007 pelo presidente Lula para comandar o Ministério da Integração Nacional. Geddel permaneceu na função durante três anos, até 30 de março de 2010, quando deixou o ministério para concorrer às eleições a governador da Bahia. Como ministro, Geddel viabilizou obras de infraestrutura na Bahia paradas há anos, como os projetos de irrigação Baixio de Irecê e Salitre, em Juazeiro, especialmente em Salvador, a exemplo do Canal do Imbui que se transformou em praça pública, entre outras ações na capital baiana.

Quanto a formação de forças políticas para a sucessão estadual, as articulações políticas das eleições estaduais já começaram, já de olho no pleito estadual. Geddel vai querer negar, mas o “start” para o início das costuras políticas já foi dado para traçar os planos, visando as eleições em 2018. Essa movimentação peemedebista na Bahia e em torno do possível nome de Geddel ao governo do Estado deve incentivar o PSDB e o DEM a se unirem em prol da candidatura do peemedebista para derrotar o PT.

Geddel desconversa sobre o assunto, mas não descarta nenhuma possibilidade e, para ele, quem estiver melhor nas pesquisas, será candidato e pode conquistar o pleito, pois seu nome é cotado como candidato para a sucessão estadual em 2018 para construir uma alternativa peemedebista no Estado para um desmantelar as forças do PT, principalmente aquelas que apostam na candidatura à reeleição de Rui Costa.

A disputa ao pleito estadual entre PMDB e PT pode ser reeditada em um dos principais colégios eleitorais do Estado, para lhe garantir palanques na sucessão de 2018.

O rumor de que Geddel deve ser o candidato do PMDB ao governo do Estado é forte e plausível. Apesar de não admitir esta realidade, disputar o poder estadual é um sonho acalentado pelo PMDB para alçar novos voos na política. Com a ascensão de Geddel e uma possível aliança com o DEM de ACM Neto deixara o atual prefeito de Salvador de escanteio na disputa estadual. Se este cenário se confirmar, o peemedebista poderia articular melhor com ACM Neto formar uma só força política com a benção do PMDB.

Temendo o possível nome de Geddel a disputa eleitoral para o Estado, o atual governador e possível candidato à reeleição tenta estimular as bases petistas a readquirirem a autoestima perdida depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff e diante do cenário nacional que abalou a estrutura política do PT do ex-presidente Lula para desconsiderar a ameaça peemedebista e concentrarem as forças na reeleição para o Estado como tática para uma possível resistência política contra as forças oposicionistas no Estado.

Quem acompanha de perto o processo de definição de candidatos ao governo do Estado em 2018 não sabe o que pode ocorrer nos dois anos antes da disputa. É uma corrente de fatos e eventos onde lideranças partidárias buscam melhor posicionamento político, mas não perdem de vista as próximas eleições estaduais. Uma coisa fica visível na Bahia: a tentativa do PMDB disputar o poder no Estado para um novo ciclo.

Com o desgaste da velha política do PT baiano no que se trata do descaso em relação aos problemas enfrentados no Estado, a esperança está sendo depositada em Geddel como nome forte para o governo da Bahia. Sobre o governo Rui Costa, o peemedebista declarou em entrevista à Tribuna da Bahia que “é uma gestão “que não fede e não cheira”.

Em entrevista à Tribuna, Geddel também critica o discurso do PT de que o impeachment é golpe e diz que o projeto petista está indo à falência. Mas o  peemedebista amenizou ao dizer que o governador Rui Costa terá o tratamento institucional que a Constituição determina e que “quanto menos vontade de criar problema que ele demonstre, certamente mais apreço terá de um eventual governo Temer” para que a Bahia não fique a perder, mas que tenha muito a ganhar.

Apesar das divergências de ordem política, Geddel em conversa com o governador Rui Costa pretende manter um diálogo frutífero com o petista: “Temos que ter a capacidade de construir um caminho pelo qual possamos trafegar e que seja um caminho que ao fim esteja escrito Bahia. Nossos interesses podem convergir na defesa dos interesses da Bahia”.

 

 

Rafael Santana/Click Noticias